Cresce a procura de idosos por intercâmbio no exterior
Pessoas com mais de 50 anos de idade vão atrás de aprender idioma e conhecer países
Quem pensa que intercâmbio de idiomas é coisa para jovem está bem enganado. A prova disso é o aumento da procura de pessoas com mais de 50 anos para estudar inglês, francês ou espanhol no exterior.
Segundo agências de viagem especializadas em intercâmbio, a procura aumentou 20% nos últimos anos. E com o envelhecimento da população, a tendência é crescer.
A diretora da operadora de intercâmbio Roda Mundo, Roberta Gutschow, diz que a procura de intercâmbio por idosos aumentou de forma significativa nos últimos quatro anos.
“Muitos dos que estão com mais de 50 anos já não pensa na carreira. A maioria quer aprender um idioma para viajar e não ficar na dependência de ninguém”, diz.
Segundo o diretor da operadora de turismo Experimento, Eduardo Frigo, essa é uma tendência mundial. Isso fez com que as escolas de idioma criassem programas específicos para pessoas mais velhas, que têm um processo de aprendizagem diferente dos mais jovens.
Além de classes somente com idosos, os cursos incluem aulas extras que fazem sucesso entre os mais experientes, como degustação de vinho, dança, arte, gastronomia e arqueologia.
Já a acomodação é a mesma oferecida aos jovens: casas de família ou apartamentos de estudantes. Para quem puder pagar, há opção de flat ou hotel. “A diferença entre os mais velhos é que o curso não é visto como um investimento para a carreira, mas é para agregar conhecimento”, afirmou Frigo.
Foi exatamente isso que a professora aposentada Regina Maura Viera, 67 anos, trouxe na bagagem após estudar francês por duas semanas em Antibes, na França, em setembro de 2018. “Eu aprendi muito mais coisas do que o francês”, disse, se referindo ao que viveu e aos amigos que fez fora.