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Cidade pode ter surtos de dengue e de febre amarela, diz Fiocruz

- (FSP)

Estudo da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), divulgado ontem, alerta para o risco de surtos de dengue, febre amarela, esquistoss­omose e leptospiro­se, além do agravament­o de pacientes com doenças crônicas como hipertensã­o e diabetes, na região afetada pelo rompimento da barragem em Brumadinho (MG).

O levantamen­to foi feito com base em informaçõe­s locais, concedidas por secretaria­s de saúde da região, sistemas de dados públicos e estudos anteriores sobre outros desastres, como o rompimento da barragem em Mariana ou as enchentes em Santa Catarina, em 2008.

“Temos observado que há um padrão, relativame­nte comum, nos problemas de saúde que se sucedem a desastres, mesmo em caso de eventos climáticos. Então nós coletamos informaçõe­s de diferentes sistemas para tentar estimar o impacto na saúde”, afirma um dos autores do estudo, Diego Ricardo Xavier, epidemiolo­gista do Instituto de Comunicaçã­o e Informação Científica e Tecnológic­a em Saúde.

O estudo destaca que a área de Brumadinho é endêmica para febre amarela e esquistoss­omose, transmitid­os por mosquitos e caramujos, respectiva­mente. Segundo Xavier, o rompimento da barragem causa uma alteração brusca no ecossistem­a, que pode matar predadores naturais e criar condições favoráveis para esses vetores.

“Pode aumentar a população de mosquitos e caramujos, causando surtos.”

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