Superação ao quadrado
Se nos Jogos Pan-americanos de Lima o Brasil conquistou o tão esperado segundo lugar no quadro geral de medalhas, nos Jogos Parapan-americanos, que têm início nesta sextafeira (23) na capital peruana, a meta é se manter como a melhor delegação do continente.
Desde a edição de 2007, no Rio de Janeiro, o Time Brasil passou a dominar as competições esportivas para os atletas com deficiência. Foi assim em Guadalajara-2011 e Toronto-2015.
Essa ascensão também pôde ser vista nos Jogos Paralímpicos, nos quais o Brasil passou de 37º em Atlanta-1996 para 24º em Sydney-2000, 14º em Atenas-2004, 8º em Pequim-2008, 7º em Londres-2012 e 8º na Rio-2016.
Por isso, o Comitê Paralímpico Brasileiro mandou a Lima a maior delegação da história, com 512 integrantes, sendo 337 atletas, entre os quais atletas-guia (atletismo), calheiros (bocha), pilotos (ciclismo) e goleiros (futebol de 5), que não possuem deficiência.
Em Toronto, o Brasil conquistou 257 medalhas, das
quais 109 foram de ouro, 74 de prata e 74 de bronze. Para superar essa marca, o Time Brasil será comandado pelo nadador Daniel Dias, dono de nada menos do que 27 medalhas de ouro em Parapans. O evento peruano será o seu quarto e ele é favorito para subir mais sete vezes ao pódio: cinco em provas individuais (50m, 100m e 200m livre, 50m costas e 50m borboleta) e dois revezamentos (4x50m livre 20 pontos e 4x50m medley 20 pontos).
Outros nomes também chegam após conquistas internacionais, como o velocista paraibano Petrucio Ferreira, que detém os recordes mundiais dos 100m e 200m rasos para amputados de braço (classe T47).
Portanto, a expectativa é de o hino nacional brasileiro ser tocado muitas vezes até o dia 1º de setembro, data da cerimônia de encerramento. Nos próximos dias, assistiremos pelos canais Sportv aos atletas superarem as próprias deficiências e mostrarem que são vencedores dentro e fora das pistas, piscinas e ginásios.