Agora

Mais horas na escola

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Ogoverno Jair Bolsonaro (PSL) não parece estar dando a devida importânci­a aos programas de fomento ao ensino em tempo integral, uma das políticas educaciona­is de maior impacto na melhora do aprendizad­o dos alunos.

Até julho, a União não havia liberado grana para essa finalidade nos níveis fundamenta­l e médio —em 2018, esses recursos totalizara­m R$ 400 milhões.

Numa espécie de compensaçã­o meio

esquisita, o Ministério da Educação anunciou neste mês que ampliaria o acesso ao ensino integral por meio de parcerias com faculdades, que receberiam alunos da educação básica.

Não se sabe direito como isso aconteceri­a, nem se os estabeleci­mentos têm capacidade para acolher as crianças.

O MEC depois esclareceu que manteria as transferên­cias para as 1.024 escolas atendidas no ano passado, podendo até elevar esse número. A ver.

A meta do Plano Nacional de Educação é incluir no horário integral 25% dos estudantes da creche ao nível médio até 2024. No ano passado, apenas 15% foram atendidos nesta modalidade. Não está claro, porém, qual será a estratégia para atingir essa meta. É uma pena.

Países com resultados superiores aos do Brasil em testes internacio­nais oferecem, em sua maioria, sete horas diárias de instrução ou mais a seus alunos.

Estudos indicam que aumentar a carga horária —oferecendo reforço em matérias como português e matemática, além da possibilid­ade de frequentar disciplina­s eletivas e participar de clubes e de projetos— resulta em melhores resultados e menor evasão.

Dadas a falta geral de grana, os gestores da educação devem priorizar políticas comprovada­mente eficazes.

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