Presidente brasileiro comemora apoio
O governo de Jair Bolsonaro comemorou o desfecho da reunião de cúpula do G7, na França.
Na visão do Planalto, o presidente francês, Emmanuel Macron, ficou isolado na tentativa de usar as queimadas da Amazônia como justificativa para impedir o avanço do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia. Embora líderes europeus endossem as críticas feitas por Macron à política ambiental de Bolsonaro, eles não concordaram em usar o tratado como instrumento de punição ao Brasil pelo controle frágil nos incêndios que atingem a região norte do país.
Aliados do presidente avaliam como fundamental o fato de o Brasil ter conseguido apoio de outros países como Chile e Espanha, convidados a participar do G7. Além disso, celebraram a manifestação pública do presidente Donald Trump, que integra o fórum.
O posicionamento da chanceler alemã, Angela Merkel, foi considerado essencial. Ela foi a primeira a discordar da declaração de Macron de que a situação ambiental brasileira seria impeditivo para o acordo comercial com o Mercosul.
A chanceler alemã foi apoiada pelo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, e pelo governo espanhol. Foi recebido com entusiasmo pelo governo brasileiro, neste domingo (25), um vídeo em que Merkel diz, durante a reunião do G7, que entrará em contato com Bolsonaro.
Na visão de diplomatas, o tema da Amazônia perdeu força no noticiário internacional deste domingo, quando as discussões sobre a situação do Irã cresceram.
Os incêndios na região amazônica tiveram destaque nos principais jornais do mundo entre sexta e sábado (24), quando a cúpula do G7 teve início em Biarritz, balneário francês.
O assunto ganhou força depois que Macron usou suas redes sociais na sexta (23) para dizer que se tratava de uma “crise internacional” e que o tema seria levado por ele ao encontro do G7, fórum do qual o Brasil não é parte.
Neste domingo, Macron anunciou que os países integrantes do G7 concordaram em oferecer ajuda aos países afetados por incêndios na Amazônia. (Folha)