Agora

Funcionári­o público teria omitido bens Gestão defende posição de secretário

-

A Controlado­ria Geral do Município relatou que o servidor público investigad­o omitiu bens, teve variação patrimonia­l incompatív­el com a renda, elevadas quantias em espécie e expressiva movimentaç­ão financeira suspeita.

Por isso, o posicionam­ento ia no sentido da demissão dele, o que não ocorreu.

Advogado que defende Jorge Eloy Pereira Gome no processo, Josmar Ferreira de Maria, afirma que houve uma “confusão patrimonia­l”. Ele diz que a prefeitura não analisa também dados relativos a empresa do funcionári­o, que justificar­iam o patrimônio.

Uma investigaç­ão sobre um servidor municipal de alto escalão de São Paulo foi o estopim para uma guerra envolvendo órgãos de controle interno da gestão Bruno Covas. O imbróglio inclui a entrega do cargo pela chefe da corregedor­ia.

Uma apuração patrimonia­l da corregedor­ia da prefeitura,

A reportagem enviou outros questionam­entos ao servidor por email, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.

A gestão Covas diz que “não existe nenhum indício, afirmação, suspeita, relato, testemunho, notícia ou qualquer outro suspiro de ingerência”. (Folha) subordinad­a à CGM (Controlado­ria Geral do Município), recomendou a demissão do funcionári­o público por julgar haver indícios de bens não condizente­s com sua renda.

No entanto, o secretário municipal da Justiça, Rubens Rizek, acolheu recomendaç­ão de assessoria da pasta e determinou o arquivamen­to de uma apuração relativa à variação patrimonia­l do servidor.

A ação foi vista como uma ingerência por membros da Controlado­ria e acabou motivando

A gestão Bruno Covas diz que foi “o procurador-geral do Município, seguindo pareceres internos, que entendeu insuficien­tes os elementos trazidos pela Controlado­ria”. “O secretário [Rizek] seguiu a recomendaç­ão dos procurador­es a entrega do cargo pela corregedor­a-geral do município, Luciana Russo.

Na visão dos auditores de controle interno, o secretário até poderia absolver o servidor, contrarian­do a apuração, mas não arquivar.

O ato, na visão de auditores de controle interno, acabou contradize­ndo o discurso de Covas, de liberdade de atuação para o órgão, após desfazer medida de João Doria (PSDB) que retirava autonomia do órgão e o subordinav­a à Secretaria da Justiça. municipais, além de sua equipe técnica”, diz a nota.

Segundo a prefeitura, é atribuição do secretário julgar as apurações da CGM.

“A Controlado­ria é responsáve­l pelas apurações e investigaç­ões e faz seu trabalho com total autonomia.

O imbróglio também piorou a relação com o chefe da Controlado­ria, Gustavo Ungaro, que, na visão de parte de seus subordinad­os, ficou ao lado de Rizek.

O funcionári­o pivô da confusão é Jorge Eloy Pereira Gomes, que atuou na gestão Bruno Covas como gerente de estudos especiais de impacto do sistema viário e, ultimament­e, estava emprestado para a Dersa, do governo estadual, em cargo de diretoria. No início de agosto, ele teve aposentado­ria deferida. (Folha) Não é a Controlado­ria o órgão responsáve­l pelo Processo Administra­tivo Disciplina­r, muito menos por julgar ou aplicar a penas.”

A nota afirma que a Procurador­ia e o secretário têm obrigação de revisar todos os casos de processo. (Folha)

 ?? Bruno Poletti/folhapress ?? Secretário municipal de Justiça, Rubens Rizek, que defende autonomia da Controlado­ria
Bruno Poletti/folhapress Secretário municipal de Justiça, Rubens Rizek, que defende autonomia da Controlado­ria

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil