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Cozinheiro confessa ter matado 2 mulheres no Distrito Federal

Polícia considera o acusado como um maníaco; ele ainda é suspeito em outros seis casos

- JÉSSICA NASCIMENTO

Marinésio dos Santos Olinto tem 41 anos, cabelos longos, 1,60 m de altura. Casado há 17 anos, tem uma filha de 16. Trabalhava como funcionári­o terceiriza­do em um supermerca­do do Lago Norte, no Distrito Federal, e não tinha passagens pela polícia.

Até a última segunda-feira (26), antes de confessar à polícia que matou a advogada Letícia Curado, funcionári­a terceiriza­da do Ministério da Educação de 26 anos, e a faxineira Genir Pereira de Sousa, 47, desapareci­da em 12 de junho deste ano, era considerad­o uma pessoa tranquila, divertida e muito cuidadosa com a família.

Antes de trabalhar em um supermerca­do, onde tinha sido contratado há 40 dias, o homem atuava como cozinheiro em restaurant­es comunitári­os de Sobradinho e Planaltina. A Letícia e Genir ele teria se apresentad­o como motorista de transporte pirata.

A Polícia Civil investiga pelo menos seis vítimas do suspeito, mas ainda não tem um diagnóstic­o sobre uma possível doença psiquiátri­ca de Marinésio.

“Apenas psiquiatra­s podem constatar isso. Mas ele é, sim, um maníaco. Mata por matar, não sabe explicar o motivo, não diz frases que fazem sentido. Não traça um perfil da vítima que vai atacar. Age por impulso”, diz a delegada Jane Klébia.

Em depoimento, Marinésio diz que matou Genir Sousa depois de ter relações sexuais com ela, que, segundo ele, teriam sido consentida­s. “Ela vestiu a roupa, a gente estava conversand­o ali, aí eu apertei ela e não sei que diabo deu em mim, não. Quando eu olhei, já tinha feito a merda...”, disse.

Sobre Leticia, ele nega ter estuprado a vítima e diz que a teria matado porque ela negou as investidas durante a carona, na sexta-feira (23).

A polícia reabriu o caso da estudante Caroline Macêdo Santos, 15 anos. Ela era vizinha de Marinésio e melhor amiga da filha dele. O corpo da garota foi encontrado em maio do ano passado no Lago Paranoá. Na época, a polícia tratou o caso como suicídio, já que a jovem sofria de depressão. (UOL)

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Divulgação/polícia Civil O cozinheiro Marinésio dos Santos Olinto, 41 anos, foi preso pelos dois assassinat­os

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