PESQUISA | MERCADO DE TRABALHO
Taxa caiu para 11,8% após recorde da informalidade; IBGE estima 12,6 milhões de pessoas sem vagas
Taxa de desemprego
Em% nov. 2018jan.2019 mai.jul. 2019 RIO DE JANEIRO A taxa de desemprego recuou no país, mas devido à criação de vagas no mercado informal, que bateu novo recorde.
O total de empregados sem carteira atingiu 11,7 milhões no trimestre encerrado em julho, enquanto os trabalhadores por conta própria —cuja maior parte não tem CNPJ— chegaram a 24,2 milhões, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Os números são os mais altos já registrados na Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), iniciada em 2012.
Com isso, o desemprego caiu para 11,8%, com 12,6 milhões sem trabalho, contra 12,5% no trimestre anterior (fevereiro a abril). “Desde o início da crise, a inserção por conta própria vem sendo ampliada em função da falta de oportunidade no mercado formal”, afirma Cimar Azeredo, do IBGE.
O total de empregados do setor privado sem carteira teve um aumento de 3,9% (441 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e de 5,6% (619 mil pessoas) ante o mesmo trimestre de 2018.
Já o número de trabalhadores por conta própria subiu 1,4% (343 mil pessoas) na comparação trimestral e 5,2% (1,2 milhão de pessoas) ante o mesmo período do ano passado.
Segundo Azeredo, experiências de crises anteriores apontam que, quando o mercado de trabalho se recupera, o emprego informal cai. Ou seja, o recorde da informalidade indica que o mercado de trabalho ainda não se recuperou. (Folha)