Escolha de Bolsonaro é criticada por associação de procuradores
A ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República) divulgou nota nesta quinta-feira (5) classificando a indicação do subprocurador-geral Augusto Aras para o comando da Procuradora-geral da República como o “maior retrocesso democrático e institucional” do Ministério Público Federal.
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) indicou Aras ignorando a lista tríplice, formada pelos três nomes mais votados em eleição interna da categoria. Aras não participou da eleição. Desde 2003, no primeiro governo Luiz Inácio Lula da Silva, todos os presidentes têm seguido a lista.
“O indicado [Aras] não foi submetido a debates públicos, não apresentou propostas à vista da sociedade e da própria carreira. Não se sabe o que conversou em diálogos absolutamente reservados, desenvolvidos à margem da opinião pública”, afirmou a associação dos procuradores.
A decisão também desagradou a grupos de direita e apoiadores do presidente. A crítica é pelo fato de Aras já ter defendido no passado algumas teses ligadas à esquerda.
O Vem Pra Rua tuitou que Aras “criticou a Lava Jato, deu festa para o PT, defendeu o MST e elogiou Che Guevara”. Nas redes sociais, bolsonaristas afirmaram que “a escolha foi péssima” e “um grande retrocesso”. A hashtag #Arasnão também apareceu. (Folha)