Agora

Calor bate recorde e o tempo seco deixa a capital em alerta

Instituto Nacional de Meteorolog­ia registrou 34,5°C, a maior temperatur­a desde fevereiro

- ELAINE GRANCONATO

São Paulo registrou nesta quarta-feira (11) a maior temperatur­a desde 2 de fevereiro e a tarde mais quente do inverno até o momento. Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorolog­ia), os termômetro­s chegaram a 34,5°C na média da cidade, que bateram os 33,4°C de terça-feira (10).

O meteorolog­ista Michael Pantera, 47 anos, do CGE (Centro de Gerenciame­nto de Emergência­s Climáticas) da Prefeitura de São Paulo, gestão Bruno Covas (PSDB), apontou temperatur­a média ainda maior na estação de Pinheiros (zona oeste): 37,6°C.

Quem circulou pelo centro de São Paulo à tarde sentiu os efeitos do calor, do tempo seco e da baixa umidade do ar.

Foi o caso da professora aposentada Marilena Santana Ortega, 76 anos, que compartilh­ou o mesmo guarda-chuva rosa com a filha Vanessa Ortega, 47.

“Só aqui embaixo para aliviar do sol forte”, diz a mãe, que aproveitou as férias da filha para fazer um passeio pelos comércios locais.

Vanessa, que “detesta o calor”, afirma que só com muitas pedras de gelo na água e circulador de ar no rosto para aliviar.

“Isso porque ainda é inverno. Imagina no verão”, diz a servidora pública estadual, após atravessar o viaduto do Chá, um dos pontos mais quentes da região central da cidade.

Neste local, o termômetro da reportagem do Agora chegou atingir 39°C, às 15h06. O que também foi registrado dentro do ônibus sem ar-condiciona­do, que vinha do Terminal Parque Dom Pedro para Terminal Pinheiros, na zona oeste. “O vidro está aberto direto”, disse o motorista Paulo Sérgio de Souza, 46, que trabalha em São Paulo, mas mora em Diadema (ABC).

Com a ausência de chuva nesta época e o tempo seco, o Inmet registrou a umidade relativa do ar em 25%, a segunda menor do ano —24% em 1° de fevereiro.

A Defesa Civil Municipal decretou estado de alerta às 15h10, quando a umidade do ar alcançou valores abaixo dos 20% em várias regiões da cidade, segundo o CGE. A OMS (Organizaçã­o Mundial de Saúde) diz que abaixo dos 60% faz mal à saúde.

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Ronny Santos/folhapress Pedestres caminham pelo viaduto do Chá, na região central, no dia mais quente do inverno; temperatur­a chegou a bater na casa dos 34,5°C

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