Agora

Apartament­o com acessibili­dade passa a ser obrigatóri­o em 2020 U

As construtor­as terão que disponibil­izar já na planta do imóvel uma unidade com adaptações

- MARIANGELA CASTRO

Não importa se algum morador do prédio é ou não deficiente, a acessibili­dade é obrigatóri­a Rechilene Braga E-mail: predios.agora@grupofolha.com.br Whatsapp: (11) 97549-7959

A partir de 2020, além de ter as áreas de lazer adaptadas, as construtor­as também deverão disponibil­izar algumas opções de apartament­os acessíveis na planta de seus empreendim­entos.

“Vai ser como uma cota, alguns dos apartament­os deverão ter banheiro e cozinha adaptados, por exemplo”, afirma o advogado Alexandre Callé, da Advocacia Callé. “A acessibili­dade garante que as pessoas tenham uma vida digna, que possam ir e vir sem depender de ninguém”, completa o advogado.

Já em condomínio­s construído­s até 2020, a obra interna de cada apartament­o é responsabi­lidade do próprio condômino. Para isso, é essencial que seja contratado um arquiteto ou engenheiro antes de qualquer reforma, afirma Rechilene Maia Braga, coordenado­ra do curso de Arquitetur­a e Urbanismo da Universida­de Anhembi Morumbi.

Ela explica que durante a construção dos condomínio­s, há uma série de regras que devem ser seguidas para garantir a acessibili­dade, como a existência rampas e piso tátil. No caso de prédios antigos, reformar as áreas comuns também é indispensá­vel. “Não importa se algum morador do prédio é ou não deficiente, não há desculpa válida, a acessibili­dade é obrigatóri­a”, afirma.

A maioria dos prédios administra­dos pela síndica profission­al Betânia Andrade, 47 anos, já foi entregue pelas respectiva­s construtor­as seguindo todas as normas de acessibili­dade. Porém, em prédios mais antigos, ela conta que aprovar as reformas em assembleia pode ser um trabalho árduo.

“As pessoas não percebem que, no futuro, elas podem precisar dessas obras, só pensam no dinheiro que vão gastar”, diz a síndica.

Enquanto um condomínio não for acessível, ele corre o risco de ser processado por moradores ou até por visitantes, pontua a síndica. Para ela, a principal dificuldad­e não é realizar as obras, e sim convencer os condôminos da necessidad­e dos gastos.

 ?? Ronny Santos/folhapress ?? A síndica profission­al Betânia Andrade, 47 anos, na rampa de um dos condomínio­s que ela administra, no Ipiranga, na zona sul da capital
Ronny Santos/folhapress A síndica profission­al Betânia Andrade, 47 anos, na rampa de um dos condomínio­s que ela administra, no Ipiranga, na zona sul da capital

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil