Fundos pedem que Brasil proteja Amazônia Interino na PGR anuncia volta de grupo afastado Juiz contesta delações da Lava Jato
Magistrado atacou um dos trunfos da operação ao rejeitar denúncia contra Lula
AMBIENTE Em comunicado conjunto, 230 fundos de investimento, que juntos administram US$ 16 trilhões (R$ 65 trilhões), pedem ao Brasil que adote medidas para proteger a floresta amazônica contra desmatamento e queimadas. O governo diz adotar “todos os esforços” para fazer frente à crise ambiental. (Folha) DEMISSÃO Integrantes do grupo de trabalho da Lava Jato na Procuradoria-geral da República vão retornar às suas funções. O anúncio foi feito nesta quarta (18) por Alcides Martins, que assumiu a PGR interinamente. Seis procuradores da equipe haviam pedido demissão por discordar da postura de Dodge. (Folha)
O juiz Ali Mazloum, da 7ª Vara Criminal Federal de São Paulo, contestou um dos principais trunfos de atuação da Lava Jato ao rejeitar nesta semana uma denúncia da força-tarefa contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e um irmão dele, conhecido como Frei Chico.
Segundo afirmam os procuradores, a Odebrecht pagou mesada ao irmão de Lula como parte de pacote de vantagens indevidas ao expresidente. Em troca, segundo a Procuradoria, a empreiteira obtinha benefícios com o governo federal.
A força-tarefa paulista da Lava Jato acusou o petista de corrupção passiva com base essencialmente nos relatos de três delatores. Mazloum, no entanto, colocou em xeque a validade das colaborações premiadas como provas para embasar as acusações.
O juiz escreveu que a palavra do delator “não tem condão de alicerçar eventual condenação” e que se calcar “em depoimentos de réus colaboradores, sem provas mínimas a corroborarem a acusação, conduz à rejeição da denúncia por ausência de justa causa”.
Nos últimos anos, os acordos de delação premiada se tornaram um forte instrumento da Lava Jato em seus processos. (Folha)