DESTAQUE DO DIA Botão do pânico em aplicativo de celular já levou 5 à delegacia
Dispositivo lançado pelo governo estadual em abril é para pessoas que têm medidas protetivas
Uma idosa de 70 anos pretendia voltar para seu apartamento 19 dias após denunciar o próprio filho por violência doméstica, em 10 de abril deste ano. Porém, quando ela tentou abrir a residência, na zona leste da capital paulista, percebeu que seu agressor estava no local.
A mãe buscou argumentar com o filho que havia uma medida protetiva, determinando que ele ficasse, no mínimo, a 300 metros de distância dela. Porém, o homem teria afirmado que não sairia do apartamento.
Por causa disso, a idosa pegou seu celular, acessou o aplicativo SOS Mulher e apertou o “botão de pânico” do dispositivo. Em poucos minutos, policiais militares chegaram ao local e levaram o agressor, que acabou preso.
A idosa fez parte de um dos cinco casos que foram parar na delegacia desde o lançamento do aplicativo em 22 de março deste ano pelo governo de São Paulo, gestão João Doria (PSDB).
Ele foi desenvolvido para tentar agilizar o socorro a vítimas de violência que contam com medidas protetivas expedidas pela Justiça.
Segundo a coronel Helena dos Santos Reis, comandante da Diretoria de Polícia Comunitária e Direitos Humanos da PM, o aplicativo foi baixado 11.400 vezes até 30 de agosto passado. Deste total, 2.881 usuários se cadastraram, gerando 321 acionamentos, que resultaram em duas prisões, uma delas do filho da idosa da zona leste.
“Qualquer pessoa pode baixar o aplicativo, mas somente pessoas com medidas protetivas podem se cadastrar e utilizá-lo”, explica a oficial da PM.
O uso é simples. Basta manter um botão na tela do celular apertado por cinco segundos, que a viatura mais próxima da PM se desloca para socorrer à vítima, encontrada por GPS.
A idosa se cadastrou no aplicativo após conseguir a medida protetiva contra o filho. Ela relatou à polícia que “não aguentava mais“ser agredida por ele.