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DESTAQUE DO DIA Botão do pânico em aplicativo de celular já levou 5 à delegacia

Dispositiv­o lançado pelo governo estadual em abril é para pessoas que têm medidas protetivas

- ALFREDO HENRIQUE

Uma idosa de 70 anos pretendia voltar para seu apartament­o 19 dias após denunciar o próprio filho por violência doméstica, em 10 de abril deste ano. Porém, quando ela tentou abrir a residência, na zona leste da capital paulista, percebeu que seu agressor estava no local.

A mãe buscou argumentar com o filho que havia uma medida protetiva, determinan­do que ele ficasse, no mínimo, a 300 metros de distância dela. Porém, o homem teria afirmado que não sairia do apartament­o.

Por causa disso, a idosa pegou seu celular, acessou o aplicativo SOS Mulher e apertou o “botão de pânico” do dispositiv­o. Em poucos minutos, policiais militares chegaram ao local e levaram o agressor, que acabou preso.

A idosa fez parte de um dos cinco casos que foram parar na delegacia desde o lançamento do aplicativo em 22 de março deste ano pelo governo de São Paulo, gestão João Doria (PSDB).

Ele foi desenvolvi­do para tentar agilizar o socorro a vítimas de violência que contam com medidas protetivas expedidas pela Justiça.

Segundo a coronel Helena dos Santos Reis, comandante da Diretoria de Polícia Comunitári­a e Direitos Humanos da PM, o aplicativo foi baixado 11.400 vezes até 30 de agosto passado. Deste total, 2.881 usuários se cadastrara­m, gerando 321 acionament­os, que resultaram em duas prisões, uma delas do filho da idosa da zona leste.

“Qualquer pessoa pode baixar o aplicativo, mas somente pessoas com medidas protetivas podem se cadastrar e utilizá-lo”, explica a oficial da PM.

O uso é simples. Basta manter um botão na tela do celular apertado por cinco segundos, que a viatura mais próxima da PM se desloca para socorrer à vítima, encontrada por GPS.

A idosa se cadastrou no aplicativo após conseguir a medida protetiva contra o filho. Ela relatou à polícia que “não aguentava mais“ser agredida por ele.

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Jardiel Carvalho/folhapress Representa­nte comercial de 40 anos afirma ter sofrido durante um ano nas mãos do ex-namorado; ela mostra o aplicativo que usou contra ele

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