Preço da gasolina sobe até 10 centavos na capital
Alta do petróleo após ataques na Arábia chegou ao país com reajuste na Petrobras
Ao menos 45% dos postos da capital paulista reajustaram o preço da gasolina nesta semana, segundo levantamento do Sincopetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de SP).
O aumento foi de até 10 centavos, mas, em média, variou entre 4 e 5 centavos, segundo José Alberto Paiva Gouveia, presidente do sindicato. O levantamento do órgão, que representa os postos, foi feito em cerca de cem estabelecimentos. Do total, 55% ainda não subiram os valores, mesmo depois de a Petrobras elevar a gasolina em 3,5% e o diesel em 4,2% nas refinarias.
Os reajustes ocorrem após ataques a petrolíferas na Arábia Saudita, que fizeram o preço do barril do petróleo disparar no mercado internacional. Os ataques ocorreram no sábado (14), mas a tensão segue na região. “Se a tensão está subindo e houver uma greve, o preço médio vai subir. Como a Petrobras trabalha com preços internacionais, com certeza vai aumentar.”
Para tentar coibir abusos nos reajustes, o Procon-sp iniciou ontem a operação “Preço Justo”. Foram fiscalizados 20 postos. Em um deles, o reajuste dos valores ultrapassou 20% o que, para órgão, é abusivo.
No estabelecimento, que fica na zona sul da capital, o litro da gasolina estava sendo vendido a R$ 5,19.
“A gente sabe que tem a livre iniciativa de mercado, mas se não conseguir comprovar porque está aumentando o combustível, se o reajuste não é razoável, o posto será notificado”, diz Carlos César Mareira, diretor de fiscalização do órgão.
Se houver desrespeito ao Código de Defesa do Consumidor, o posto é notificado e, futuramente, pode ser multado. Os valores vão de R$ 650 a R$ 9,6 milhões.
Segundo pesquisa de preços semanal da ANP (agência de petróleo), o máximo da gasolina na capital e no estado de São Paulo ficou em R$ 4,99 na semana entre os dias 15 e 21 de setembro.