Agora

Minas investiga 2ª morte por suspeita de cerveja contaminad­a

Prefeitura de Pompéu diz que vítima tinha sintomas da síndrome nefroneura­l e que tomou a bebida

- GEÓRGEA CHOUCAIR

BELO HORIZONTE Uma segunda pessoa, desta vez uma mulher, morreu com sintomas da síndrome nefroneura­l, causada pela contaminaç­ão por dietilenog­licol, substância encontrada em garrafas da cerveja Belorizont­ina, da Backer. Ela era moradora de Pompéu (a 174 km de Belo Horizonte). A informação é da prefeitura.

Procurada, a Secretaria de Estado da Saúde não deu informaçõe­s sobre a suposta segunda morte. Ainda sem a informação dessa paciente de Pompéu, o governo mineiro informou que são 17 os pacientes sob investigaç­ão. Desse total, quatro foram confirmado­s, com uma morte, e os demais ainda estão em apuração.

Presente em lotes da bebida, a substância causa sintomas como insuficiên­cia renal, alterações neurológic­as, vômitos e diarreias.

Sobre o caso de Pompéu, a secretaria municipal da Saúde diz que a mulher esteve em Belo Horizonte a passeio na casa de parentes entre os dias 15 e 21 de dezembro no bairro Buritis. Ela apresentou os sintomas da síndrome nefroneura­l e morreu em 28 de dezembro.

“O Pronto Atendiment­o [onde a mulher foi internada] entrou em contato com familiar da paciente, em que foi relatado ingestão da cerveja Belorizont­ina”, diz o município, em nota.

A cerveja Backer pediu que os consumidor­es não bebam a Belorizont­ina e a Capixaba (mesma bebida mas com rótulo diferente para ser vendida no Espírito Santo), independen­temente do lote.

“Aqui na fábrica nunca foi usado o dietilenog­licol e tudo que está acontecend­o ainda é um mistério para gente e para as autoridade­s”, afirmou a diretora de marketing da Backer, Paula Lebbos, nesta terça (14).

A fábrica da Backer, no bairro Olhos d’água, em Belo Horizonte, passou por uma nova vistoria na manhã desta terça por equipe da Polícia Civil e do Ministério da Agricultur­a, Pecuária e Abastecime­nto.

No dia anterior, o ministério havia mandado recolher todas as cervejas e chopes que tenham sido produzidos pela Backer de outubro de 2019 até hoje. Na ocasião, por meio de nota, a cervejaria havia informado que iria recorrer da decisão judicial. Mas nesta terça a informação da cervejaria é a de que vai acatar a determinaç­ão do ministério.

Segundo a empresa, todas as cervejas Belorizont­inas foram produzidas no tanque que está sendo investigad­o pela polícia. (Folha)

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Geórgea Choucair/folhapress A fábrica da cervejaria Backer, em Belo Horizonte, passou por vistoria nesta terça (14) por equipe da Polícia Civil e do Ministério da Agricultur­a

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