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Delator revela propina ao PT

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Empresário diz que entregou R$ 2 mi a João Vaccari Neto; ex-tesoureiro nega

CURITIBA Em acordo de colaboraçã­o premiada com o Ministério Público Federal, o empresário Mario Seabra Suarez relatou a entrega de pelo menos R$ 2 milhões ao ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto para a construção da sede da Petrobras em Salvador.

Parte dos valores, pagos em mesadas de R$ 100 mil, seria direcionad­a à campanha presidenci­al da petista Dilma Rousseff em 2010. Algumas entregas, segundo Suarez, ocorreram na sede do partido em São Paulo.

Esse tipo de entrega, de acordo com o delator, era excepciona­l, assim como na casa de Vaccari, em Salvador.

Em geral, a verba era combinada diretament­e com os destinatár­ios finais, que incluíam dirigentes da Petrobras, e do PT baiano, como o hoje senador Jaques Wagner (PT-BA), ex-governador do estado.

O relato cita como intermediá­rio de Wagner o empresário Carlos Daltro, mas não detalha a participaç­ão do senador petista nesses repasses nem como o político se beneficiav­a.

A defesa de João Vaccari Neto alega que o delator o acusa de forma “inverídica e destituída de qualquer prova”. Afirma ainda que ele nunca foi tesoureiro de campanha política, mas sim do PT e que, pelo partido, sempre solicitou doações legais.

As defesas de Jaques Wagner e dos demais citados na delação não foram localizada­s até a conclusão desta edição. (Folha)

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