Um ano após massacre, escola Raul Brasil vai reabrir em abril
Com 90% da reforma pronta, colégio de Suzano busca dar nova cara onde vítimas foram baleadas
O canteiro de obras já mostra a nova cara da Raul Brasil, escola pública que ficou nacionalmente conhecida por ter sido alvo de um massacre que completa um ano nesta sexta-feira (13).
Com 90% da reforma concluída, o colégio de Suzano quer virar a página do episódio que abalou alunos, professores e moradores da cidade da Grande São Paulo.
Intervenções já duram cinco meses e estão sendo feitas em pouco mais de 2.000 m² de área.
O cronograma inicial previa a entrega do colégio reformado até o final deste mês, o que não será cumprido, segundo Rossieli Soares, secretário de Educação da gestão Doria (PSDB). “Por conta das chuvas, a obra só ficará pronta em meados de abril”, disse.
Além de novos blocos, de arquitetura típica de escola pública, a reforma tem buscado dar uma nova roupagem aos espaços em que alunos e professores foram mortos a tiros.
Naquele 13 de março de 2019, o ex-aluno Guilherme Taucci, 17, e Luiz Henrique de Castro, 25, entraram no colégio armados, aproveitaram o intervalo das aulas e mataram a tiros cinco estudantes e duas funcionárias.
Antes de chegarem à escola, haviam matado um empresário, tio de Guilherme.
A principal mudança ocorreu no portão de entrada dos alunos. A antiga estrutura, por onde os atiradores tiveram acesso à escola pela rua Otávio Miguel da Silva, foi desativada.
Após a reforma, os estudantes terão acesso ao colégio pela rua José Garcia de Souza. Outro corredor será construído ao lado para uso exclusivo de quem não for da comunidade escolar.
O movimento de alunos, professores e pessoas de fora da escola será monitorado por agentes de segurança e câmeras. A reforma também atingiu o refeitório do colégio, um dos locais em que os atiradores fizeram mais vítimas. A cantina está sendo erguida do zero e mudou de lugar. (Folha)
7 pessoas entre alunos e funcionários foram mortos no massacre de
13 de março de 2019