Sotaque de personagem foi pedido do autor: ‘carrega no R’
Casamento e filho
A vida pessoal de João Baldasserini também vai bem: há seis meses ele se casou com Érica Lopes, em cerimônia realizada em Indaiatuba (123 km de São Paulo), cidade natal do ator, e conduzida pela mãe
Udele, que é monja budista.
O filho do casal, Heleno, 3 meses, nasceu pouco depois do casamento. O ator diz que o novo integrante da família chegou como um furacão. “Papel de pai é foda. É difícil. A gente imagina que é uma coisa, vê os outros criando e acha que pode ser fácil”, diz, antes de fazer uma verdadeira declaração ao filho. “Com o Heleno veio a força do melhor que existe em mim, do melhor que eu tenho que ser.” O intérprete de Zezinho diz que não teve uma figura paterna próxima, visto que seus pais se separaram quando ele era criança. “Meu pai foi ausente e quando eu me encontrei com ele, já maior, ele lutava contra a depressão e o alcoolismo”, conta. “[Para meu filho], tenho que me fazer muito bem, porque quero que ele tenha a melhor referência.”
O caipira conduz uma carroça com a mãe, Ermelinda, acima; no alto, Kyra/cleyde, Luna/fiona e Alexia/josimara com a galinha Filipa
Bronco, mas romântico. Assim é Zezinho, personagem do ator João Baldasserini na novela “Salvese quem Puder”.
O sotaque do personagem também vem chamando a atenção. Em entrevista concedida no mês passado ao programa Mais Você (Globo), Baldasserini contou que o fato de ter passado a infância e a adolescência no interior, na cidade de Indaiatuba, o ajudou na construção de um personagem caipira. Mas ele afirma que teve um pedido especial do autor da novela, Daniel Ortiz.
“O autor escreveu na sinopse: ‘O Zezinho fala porrrrtaaaa. Carrega no ‘R’, João’”, relatou. Para o ator, o papel é “riquíssimo”.
“A gente quer sempre fazer um personagem com uma caracterização, com uma composição legal, diferente. O Zezinho me proporciona isso. Então o sotaque é uma delícia de fazer, o diretor até pede para eu dar uma segurada porque senão cai no exagero. Mas não tem como.” (CV)