Manifestação de entregadores dura sete horas em São Paulo
Trabalhadores reivindicam taxas mais altas de empresas; protesto na capital foi até o fim da tarde
A paralisação de motociclistas e ciclistas que trabalham com aplicativos de entrega, nesta quarta-feira (1º), durou mais de sete horas na capital. O protesto, que é nacional, pede taxas mais justas aos aplicativos e ajuda com itens básicos de proteção durante a pandemia de coronavírus.
Com apoio do movimento sindical em São Paulo, as manifestações se concentraram em três pontos da cidade, movimentando centenas de motoboys e ciclistas entre as 9h e as 16h30. Eles prometeram novas paradas caso não tenham pleitos atendidos.
A manifestação foi descentralizada até o início da tarde, mas os grupos tinham pleitos semelhantes.
O coletivo ligado ao sindicato da categoria agregou trabalhadores em regime CLT e autônomos e seguiu ao Tribunal Regional do Trabalho, na avenida Consolação (centro), por volta das 11h. Eles discursaram por cerca de uma hora no caminhão de som.
A pauta incluiu consideração de vínculo empregatício. Além do aumento das taxas de entrega em apps, entre outros, os sindicalizados defendem a aprovação do PL 578, de 2019, que regulamenta uma lei federal e exige que empresas paguem 30% de adicional de periculosidade aos motoboys.
Resposta
Nos últimos dias, as empresas de aplicativo têm afirmado que manifestações são legítimas.
Nesta quarta, a Amobitec (Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia), que reúne empresa como Uber, 99 e ifood, disse, em nota, que suas associadas não trabalham com esquema de pontuação para a distribuição de pedidos.
A Uber Eats afirmou em nota que “não houve diminuição nos valores pagos” e que entregadores diagnosticados com Covid-19 recebem auxílio financeiro por até 14 dias. (Folha)