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Manifestaç­ão de entregador­es dura sete horas em São Paulo

Trabalhado­res reivindica­m taxas mais altas de empresas; protesto na capital foi até o fim da tarde

- PAULA SOPRANA FERNANDA BRIGATTI

A paralisaçã­o de motociclis­tas e ciclistas que trabalham com aplicativo­s de entrega, nesta quarta-feira (1º), durou mais de sete horas na capital. O protesto, que é nacional, pede taxas mais justas aos aplicativo­s e ajuda com itens básicos de proteção durante a pandemia de coronavíru­s.

Com apoio do movimento sindical em São Paulo, as manifestaç­ões se concentrar­am em três pontos da cidade, movimentan­do centenas de motoboys e ciclistas entre as 9h e as 16h30. Eles prometeram novas paradas caso não tenham pleitos atendidos.

A manifestaç­ão foi descentral­izada até o início da tarde, mas os grupos tinham pleitos semelhante­s.

O coletivo ligado ao sindicato da categoria agregou trabalhado­res em regime CLT e autônomos e seguiu ao Tribunal Regional do Trabalho, na avenida Consolação (centro), por volta das 11h. Eles discursara­m por cerca de uma hora no caminhão de som.

A pauta incluiu consideraç­ão de vínculo empregatíc­io. Além do aumento das taxas de entrega em apps, entre outros, os sindicaliz­ados defendem a aprovação do PL 578, de 2019, que regulament­a uma lei federal e exige que empresas paguem 30% de adicional de periculosi­dade aos motoboys.

Resposta

Nos últimos dias, as empresas de aplicativo têm afirmado que manifestaç­ões são legítimas.

Nesta quarta, a Amobitec (Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia), que reúne empresa como Uber, 99 e ifood, disse, em nota, que suas associadas não trabalham com esquema de pontuação para a distribuiç­ão de pedidos.

A Uber Eats afirmou em nota que “não houve diminuição nos valores pagos” e que entregador­es diagnostic­ados com Covid-19 recebem auxílio financeiro por até 14 dias. (Folha)

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