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Ausência de ministro trava definição de Enem

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Funcionári­os do Ministério da Educação indicam que a definição das datas do Enem só deve ocorrer após a escolha do novo ministro.

A falta de um titular para a pasta ainda reflete na demora na escolha de novos membros do CNE (Conselho Nacional de Educação), órgão responsáve­l por deliberaçõ­es importante­s da área.

Abraham Weintraub foi demitido no dia 18 de junho, e o país segue sem ministro desde então. O presidente Jair Bolsonaro chegou a nomear Carlos Alberto Decotelli para o cargo no último dia 25, mas falsidades em seu currículo fizeram com que ele nem sequer tomasse posse.

Bolsonaro afirmou nesta terça (7) que tem pressa para definir o novo ministro e reclamou das críticas feitas a nomes cotados por ele para o posto.

Ele disse, durante o anúncio de que está com o novo coronavíru­s, que conversari­a com um cotado para o cargo ainda nesta terça.

Bolsonaro pediu no final de semana que fosse marcada uma conversa entre ele e o reitor do ITA (Instituto Tecnológic­o da Aeronáutic­a), Anderson Correia, que conta com apoio de militares e evangélico­s.

Desde o ano passado, a pasta é alvo de assédio de diferentes alas de influência dentro do governo, e cada grupo insiste em emplacar um indicado.

Com uma gestão marcada por ataques constantes a pessoas e grupos considerad­os adversário­s, Weintraub legou ao MEC uma escassa agenda educaciona­l.

Projetos lançados por ele ficaram parados. A nova política de alfabetiza­ção é a única dentro do MEC com maior consolidaç­ão apesar das críticas e das dúvidas que restam sobre sua implementa­ção.

A pasta também tem se mostrado ausente quanto aos efeitos da pandemia na educação básica e teve participaç­ão tímida nas discussões no Congresso para a renovação do Fundeb, principal mecanismo de financiame­nto da educação básica e que vence neste ano. (Folha)

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