Segurado não consegue realizar a prova de vida
Aposentado está há um ano sem benef ício; INSS não reconhece o procedimento
Às 7h da manhã da última segunda-feira (14), o aposentado Irineu Bertazo, 74 anos, era um dos segurados que esperava a abertura da agência do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) em Santo André (ABC).
Com a retomada gradual do atendimento iniciada na última semana em todo o país, os postos em São Paulo ficaram de portas fechadas, após decisão da Justiça. Desde quinta-feira (17), as agências puderam reabrir no estado, mas sem o serviço de perícia médica.
Sem receber o benefício há mais de um ano por falta de prova de vida, Bertazo diz que já realizou o procedimento diversas vezes ao longo do ano passado, mas diz que a aposentadoria ainda não foi reativada.
“Estava com o agendamento há dois meses e não fui atendido por causa dessa decisão da Justiça. Fui ao banco, fiz umas cinco vezes a prova de vida, mas marcaram essa entrevista [no INSS].” O segurado, que conta ser aposentado desde 1992, disse que nunca havia tido problemas no procedimento nem no recebimento do benefício. Sem conseguir resolver pelos canais remotos do INSS, restou recorrer ao atendimento presencial.
“Estou revoltado, dependo do INSS. Estou sem renda, na casa do meu filho, que está me bancando”, explica.
O filho de Irineu, Rogério Bertazo, diz que conseguiu abrir um protocolo, no Meu INSS, no qual foi solicitada a correção de dados.
“Dizem que o RG está errado e que precisam corrigir para fazer de novo a prova de vida no banco. Enviei foto dos documentos e, agora, estou esperando a regularização. O que custa fazerem logo esse reconhecimento de vida, algo tão simples?”