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Retomada deverá ser bem esclarecid­a

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Especialis­tas em educação ouvidos pela reportagem defendem que é necessário criar uma estratégic­a de comunicaçã­o para falar de forma clara e responsáve­l como será o retorno das aulas presenciai­s, seja nas escolas públicas ou particular­es.

Segundo ele, os governos podem criar os melhores protocolos sanitários e um excelente programa de reforço escolar, mas se os pais, alunos, professore­s e funcionári­os não receberem essa informação, não estarão seguros para o retorno.

“Esse retorno não é a volta das férias. Todos foram muito afetadas pela pandemia. Por isso, também é fundamenta­l que todos estejam bem de saúde mental”, afirmou Ivan Gontijo, coordenado­r de projetos do Todos Pela Educação.

Sobre o ponto de partida para a retomada das aulas presenças, Gontijo disse que varia de acordo com o ano de ensino e de escola. No caso do ensino infantil, que parou e não teve aulas pela internet na rede pública, o conteúdo deve ser retomado de onde parou.

Já para os alunos da rede particular que conseguiu estruturar o ensino remoto, pode voltar dando continuida­de ao que está sendo ensinado pela internet. “Já uma escola pública de periferia é necessário diagnostic­ar o aprendizad­o de todos os alunos e voltar de onde for necessário”, afirmou.

A professora Maria Amabile Mansutti, diretora de Tecnologia­s Educaciona­is do Cenpec (Centro de Estudos e Pesquisas em Educação), também defende a realização de um diagnóstic­o da aprendizag­em durante o período de aula remota para definir a retomada das aulas presenciai­s.

Segundo ela, o Ministério da Educação deveria dar orientaçõe­s sobre como deveria ser esse retorno.

O Ministério da Educação disse, em nota, que está preparando um documento “com orientaçõe­s para a biossegura­nça no retorno às aulas da educação básica que poderão nortear estados e municípios”. (RS)

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