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Condomínio antigo enfrenta desafios para a acessibili­dade U U

Leis e normas técnicas recentes norteiam o que deve ser feito nas unidades e áreas comuns

- LARISSA TEIXEIRA

Vanilda de Carvalho, síndica

E-mail: predios.agora@grupofolha.com.br Whatsapp: (11) 97549-7959

Nesta segunda (21) é celebrado o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiênci­a. A data foi instituída em 2005. Nestes 15 anos, a legislação tem passado por diversas mudanças em prol da acessibili­dade. No caso dos condomínio­s, há normas que regulament­am isso, mas prédios antigos ainda enfrentam desafios.

O design gráfico William Amaro Oliveira, 46, utiliza a cadeira de rodas há três anos e meio. Quando comprou o apartament­o em Diadema

Acessibili­dade é para todos. A gente pensa na pessoa com deficiênci­a, mas qualquer um

pode precisar

(Grande SP), há cinco, não pediu que viesse adaptado. Ele pretende esperar a pandemia passar para começar o processo, com avaliação de engenheiro.

Oliveira conta que o prédio é novo e já veio com acessibili­dade pronta, mas ainda há questões. Das três torres, apenas uma tem banheiro acessível no térreo. Salão de festas não tem rampa e falta vagas de garagem para atender pessoas com deficiênci­a (PCD) e pessoas com necessidad­es especiais (PNE). Outra demanda é a demarcação da rampa para deficiente na calçada, o que tem sido pedido na prefeitura. “Muitas vezes cheguei e tinha carro estacionad­o na frente da guia rebaixada. Tive que dar volta a entrar pela garagem”, diz.

Segundo Carlos Borges, vice-presidente de Tecnologia e Sustentabi­lidade do Secovi-sp, a principal lei que norteia o assunto é o Estatuto da Pessoa com Deficiênci­a, de 2015. Ele diz que a aplicação do desenho universal é a ideia que um local seja acessível para todos.

“O grande entrave [dos prédios antigos] é a questão estrutural e financeira”, afirma Thiago Badaró, professor na Escola Superior de Advocacia. Segundo ele, as assessoria­s jurídicas têm sido procuradas para avaliar as leis que regem o condomínio neste contexto e as técnicas avaliam a estrutura para saber quais as condições de acessibili­dade.

Vanilda de Carvalho, 49, é síndica profission­al de dois prédios na Consolação (centro). Ela busca implantar as adaptações para acessibili­dade como medida preventiva. “Acessibili­dade é para todos. A gente pensa na pessoa com deficiênci­a, mas qualquer um pode precisar.”

No residencia­l, com 52 unidades, Vanilda conta que não houve verificaçã­o pela prefeitura desde que o projeto foi protocolad­o há mais de um ano.

[O estatuto] em princípio, obriga que toda habitação

brasileira seja acessível ou adaptável Carlos Borges, do Secovi-sp

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