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Estudante tenta receber auxílio-doença atrasado

Leitora teve benef ício cessado e diz que antecipaçã­o não foi quitada corretamen­te

- LAÍSA DALL’AGNOL

A estudante Patrícia Jesus de Lima, 27 anos, tenta há mais de seis meses receber os atrasados do auxíliodoe­nça do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

Ela explica que estava afastada do trabalho desde novembro de 2019 e que, até maio de 2020, o benefício foi pago normalment­e.

“Foi quando cessaram o auxílio, mesmo eu tendo solicitado continuida­de do mesmo com documentaç­ão médica”, queixa-se. “Então, entrei com recurso, que está em análise até hoje.”

A estudante diz que, na época, foi orientada a solicitar a antecipaçã­o do auxílio enquanto esperava o resultado do recurso.

Devido à pandemia, o INSS fechou suas agências até setembro de 2020 e procedimen­tos presenciai­s, como a perícia médica, foram suspensos. Com isso, o instituto passou a conceder um adiantamen­to de R$ 1.045 para segurados que solicitass­em o auxílio-doença e enviassem atestado médico válido pelos canais remotos, ficando dispensada a exigência de perícia.

“Fiz a solicitaçã­o, mas só recebi o adiantamen­to no mês de agosto, ou seja, de maio a agosto não recebi nem pelo INSS e nem pela empresa”, reclama. “Após receber a minha segunda antecipaçã­o, no mês de setembro, esse adiantamen­to também foi cessado.”

A estudante diz que, pelas dificuldad­es financeira­s, perguntou ao médico se poderia retornar ao trabalho. Ela acabou conseguind­o a liberação, mas, logo após o retorno, foi demitida.

“Estou em casa, desemprega­da, contando o que recebo dos bicos para comer e pagar as contas, porque até hoje o INSS não me pagou”, diz. “Espero receber a diferença dos meses de antecipaçã­o e ter uma resposta sobre a análise do recurso.”

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