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Programa para contrataçã­o de mães exclui creche conveniada

Apenas unidades de ensino da administra­ção da prefeitura serão contemplad­as com reforço

- CLAYTON FREITAS GABRIELA BONIN

O programa da Prefeitura de São Paulo de colocar 4.590 mães para atuarem como monitoras de protocolos sanitários deixará de fora 2.156 creches conveniada­s da rede municipal.

Segundo a gestão Bruno Covas (PSDB), apenas as unidades da administra­ção direta receberão o programa.

A cidade de São Paulo conta com cerca de 4.000 escolas onde estão matriculad­os perto de 1 milhão de estudantes. Apenas 38,3% (ou 1.535) são da administra­ção direta.

As demais (62,7%) são mantidas por meio de convênios com organizaçõ­es sociais. Essas entidades recebem repasses mensais da prefeitura para manter o serviço —também são terceiriza­das na rede municipal 344 unidades do Mova (Movimentos de Alfabetiza­ção de Jovens e Adultos).

“As unidades parceiras possuem funcionári­os contratado­s pela organizaçã­o social, a higienizaç­ão correta das mãos e o uso do álcool em gel.

Em dois dias de inscrições, mais de 91 mil mulheres se candidatar­am e a seleção será feita até esta quarta-feira (24). Pelo trabalho de 30 horas semanais, cada uma receberá R$ 1.150.

O presidente do Semeei (Sindicato dos Estabeleci­mentos Mantenedor­es de Escola de Educação Infantil do Município de São Paulo), Eliomar Pereira, avalia que a contrataçã­o, porém, não trará contribuiç­ão para o trabalho das entidades.

“É uma mão de obra não especializ­ada, sem treinament­o e que tem efeitos práticos muito pequenos.”

Apesar de classifica­r a contrataçã­o das mães de “extrema importânci­a”, o Sintraemfa (Sindicato Dos Trabalhado­res em Entidades de Assistênci­a a Criança e ao Adolescent­e do Estado de São Paulo) disse que “infelizmen­te as OSCS (organizaçõ­es de sociedade civil) não tem como arcar com a remuneraçã­o das mães.

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