Agora

Começa o júri dos acusados de participar da maior chacina de SP

Ex-policial militar e GCM são suspeitos pela morte de 17 pessoas em Osasco e Barueri, em 2015

- ALFREDO HENRIQUE

O ex-policial militar Victor Cristilder Silva dos Santos, 37 anos, e do guarda Sérgio Manhanã, 48, suspeitos de envolvimen­to na maior chacina da história de São Paulo, ocorrida em 2015 na Grande SP, começaram a ser julgados nesta segunda-feira (22), em Osasco, também na região metropolit­ana.

Segundo o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), 20 testemunha­s de acusação, 16 de defesa, além de quatro “comuns” serão ouvidas em até cinco dias de julgamento, realizado no Fórum de Osasco. Os réus serão os últimos a serem ouvidos pelo corpo de jurados.

Os dois suspeitos negam o envolvimen­to na morte de 17 pessoas. Ambos foram condenados, entre 2017 e 2018, a 94 e 119 anos de prisão, respectiva­mente. Porém, a defesa deles entrou com recurso e o TJSP anulou as condenaçõe­s em 2019, determinan­do um novo julgamento aos réus.

Denúncia do MP-SP (Ministério Público) afirma que a dupla integraria um grupo de extermínio, constituíd­o por agentes de segurança pública, que matou as 17 vítimas para supostamen­te se vingar pelo assassinat­o de um PM e um guarda, mortos em 7 e 12 de agosto de 2015, em Osasco e Barueri, respectiva­mente.

O acerto de contas, ainda segundo a Promotoria,

ocorreu em 13 de agosto de 2015, durante o qual 14 pessoas foram supostamen­te mortas pelos agentes em Osasco e o restante em Barueri. Outras sete vítimas ficaram feridas. Parte da violência foi registrada por uma câmera de monitorame­nto.

Além de Santos e Manhanã, o soldado Fabrício Eleutério, então da Rota, e o PM Thiago Henklain, do 42º Batalhão, foram condenados, em 2017, a 255 e 247 anos de prisão, respectiva­mente.

O novo júri do ex-pm e do guarda havia sido remarcado para 23 de novembro do ano passado, porém, a defesa requisitou o adiamento da sessão, remarcada para esta segunda-feira.

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