Prefeitura abre a pista de skate no vale do Anhangabaú Mulher trans morre após fogo em clínica na Liberdade
Área na região central da capital está em obras desde 2019
Lorena Muniz, 25, estava sedada para passar por cirurgia de colocação de silicone
A Prefeitura de São Paulo, gestão Bruno Covas (PSDB), liberou nesta segunda-feira (22) a pista de skate no vale do Anhangabaú, região central da capital paulista. O equipamento funcionará todos os dias, sem interrupção e a entrada é livre.
A pista tem quase 1.000 m² e foi feita em formato de arquibancada. O chão é revestido com granito rosa, mesmo material que cobria os bancos da região.
A entrega da pista faz parte do projeto de revitalização do vale do Anhangabaú, cujas obras começaram em 2019. A previsão inicial era de que as intervenções fossem finalizadas em junho de 2020, mas já foram adiadas seis vezes. A promessa, agora, é de que a inauguração ocorra em 31 de março.
A prefeitura diz que as obras, que custaram R$ 105 milhões, “foram concluídas no dia 30 de outubro do ano passado, mas permanecem com operação assistida” para certificar que “todos os novos equipamentos funcionem perfeitamente”. (FM)
Lorena Batista Muniz, 25 anos, morreu na manhã desta segunda-feira (22) em decorrência da inalação de fumaça resultante de um incêndio, ocorrido na quarta-feira (17), enquanto era submetida a um procedimento estético na região da Liberdade (centro).
A vítima era mulher trans e viajou de Pernambuco para SP para colocar próteses de silicone no peito, segundo afirmado em uma rede social por seu companheiro.
Registro da Polícia Civil afirma que o incêndio começou após uma explosão, ocorrida enquanto técnicos da Enel Distribuição faziam a manutenção da rede elétrica, na rua da Glória.
A concessionária de energia nega “qualquer relação com o incidente”. “A distribuidora não possuía qualquer serviço em andamento no local e no horário informados pela reportagem.”
A clínica Saúde Aqui afirmou, por meio de seu jurídico, que uma cirurgiã e uma anestesista, idosas, haviam iniciado o procedimento para a colocação de duas próteses mamárias em Lorena, quando o incêndio teve início. Questionada pelo fato de ninguém ter socorrido Lorena, a empresa afirmou que dois auxiliares de enfermagem, que ajudaram as duas médicas a saírem da clínica, foram impedidos de retornar ao prédio pela PM.
A empresa afirma que irá arcar com todos os gastos necessários para o traslado do corpo, assim como sepultamento da jovem.
A Secretaria da Segurança Pública, gestão João Doria (PSDB), diz que o 1º DP (Sé) investiga “todas as circunstâncias da ocorrência”. (AH)