Antiviral reduz tempo de pacientes fora de hospitais, aponta estudo Imunidade de rebanho está longe, mesmo com avanço das vacinas
Uma nova pesquisa apontou que uma droga antiviral experimental acelerou a recuperação de pacientes não hospitalizados com Covid-19 e pode diminuir a infecção comunitária, por impedir a transmissão dos contaminados para outras pessoas.
A droga, chamada peginterferon-lambda, é feita a partir de uma proteína produzida pelo corpo diante de uma infecção viral. A função dessa enzima é ativar alguns mecanismos celulares responsáveis por matar o vírus.
Pesquisadores do Centro de Doenças do Fígado de Toronto, ligado à Universidade Health Network, conduziram um estudo clínico com 60 pacientes.
Ainda de acordo com o estudo, os indivíduos que receberam uma única injeção de peginterferon-lambda tiveram quatro vezes mais chance de se recuperarem da Covid-19 nos sete dias seguintes, em comparação ao grupo placebo.
A equipe agora vai conduzir mais estudos para comprovar a eficácia do medicamento. A droga também é investigada na Universidade de Harvard, na Johns Hopkins University e no Centro Médico da Universidade de Soroka, em Israel. (Folha)
A tão esperada imunidade de rebanho, que pode recolocar as atividades sociais próximas ao normal, não deve ser atingida neste ano, mesmo com o avanço da vacinação contra a Covid-19.
O entendimento vem ganhando força entre pesquisadores nos EUA, devido à insuficiente velocidade na vacinação e ao surgimento de novas variantes.
A questão discutida é se será possível retomar atividades sociais a partir do momento que populações vulneráveis já estejam vacinadas, sem esperar que o patamar de imunização geral esteja perto de 80% .
A situação no Brasil é mais crítica, pois o ritmo de vacinação é menor do que nos EUA, e as vacinas aplicadas têm eficácia mais baixa, o que dificulta a chegada à imunidade de rebanho.
O termo significa o momento em que uma população está suficientemente protegida, e o vírus não se propaga rápido. (Folha)