SP tem 320 mil na pobreza e sem auxílio
Oposição pressiona gestão Covas a elevar beneficiários e valor da renda
A cidade de São Paulo tem ao menos 320 mil pessoas em situação de alta vulnerabilidade que estão de fora da lista dos beneficiários auxílio emergencial municipal no valor de R$ 100.
Apesar de se encaixarem nos critérios para receber o valor devido à sua situação econômica, essa população acabou ficando em um vácuo dos benefícios sociais em plena pandemia. Eles poderiam receber o Bolsa Família, mas ainda estão na fila para o benefício.
Além disso, o auxílio emergencial do governo federal terminou e ainda não houve aprovação de novos pagamentos do benefício.
O programa paulistano foi pensado para atender aos beneficiários do Bolsa Família cadastrados até o ano passado. O projeto foi encampado pelo prefeito Bruno Covas (PSDB) em 2020, ainda durante a campanha eleitoral —inicialmente, Celso Russomanno (Republicanos), tinha uma proposta com esse intuito.
A Câmara Municipal de São Paulo vota nesta semana a prorrogação desse auxílio. A ideia do projeto atual é oferecer a ajuda por mais três meses para 1,287 milhão de pessoas que já recebem o valor, com investimento de R$ 420 milhões.
No âmbito federal, o relatório da PEC Emergencial apresentado pelo senador Marcio Bittar (MDB-AC) permite o pagamento do auxílio emergencial sem nenhuma contrapartida de corte de gastos em 2021, mas preserva algumas medidas do governo que podem melhorar a gestão fiscal e segurar os gastos no futuro. Ainda não há uma definição do valor do benefício, que pode chegar a R$ 300. (Folha)