Emoções finais
‘Amor e Mãe’ volta com retrospectiva no dia 1º de março e episódios inéditos a partir do dia 15; pandemia de Covid-19 foi incorporada à trama
Sempre lembradas como as grandes vilãs de novelas, Odete Roitman, de “Vale Tudo” (1988), Nazaré Tedesco, de “Senhora do Destino” (2004), e Carminha, de “Avenida Brasil” (2012) podem ganhar uma nova companheira nessa lista. Isso porque Thelma (Adriana Esteves), de “Amor de Mãe” (Globo), promete potencializar suas maldades na segunda fase da trama.
A novela, que foi a primeira a ser suspensa pela emissora por causa da pandemia da Covid-19, em março do ano passado, será também a primeira a retornar, na próxima segunda-feira (1º). Inicialmente, em forma de retrospectiva, mas a partir de 15 de março começam os episódios inéditos.
A primeira fase acabou com Thelma, que começou a história como
Uuma mãe superprotetora, de fala mansa e pequenas artimanhas, mostrando até onde pode ir sua vilania ao matar Rita (Mariana Nunes) para manter em segredo que seu filho, Danilo (Chay Suede), é na verdade Domênico, o filho roubado de Lurdes (Regina Casé).
Segundo Casé, 66 anos, sua personagem deve ter um retorno difícil por causa das maldades de Thelma. “A Carminha é uma fofa perto da Thelma”, brincou ela em conversa com a imprensa nesta segundafeira (22). “Vai ser muito punk essa volta para mim.”
Na época em que a trama foi paralisada, a autora, Manuela Dias, já apontava as mudanças de Thelma como algo “sem volta”. “Normalmente, vemos uma vilã durante toda a novela e, no final, ela se humaniza. Com Thelma, estamos vendo o nascimento da vilã. Quando se vê encurralada pela possibilidade de perder seu bem maior [o filho Danilo], ela é capaz de fazer qualquer coisa. Perde freios sociais e afetivos que fazem com que nos importemos com os outros.” Agora, com o retorno de “Amor de Mãe” ao ar, tanto a autora quanto o elenco preferem não revelar muito da história, que deve continuar em torno da busca de Lurdes pelo filho, agora com um personagem muito importante em cena: a Covid-19. A autora afirma que a decisão não foi fácil, mas acabou optando por levar a doença à trama, que sofrerá um salto no tempo.
“A Covid vai entrar como aconteceu na nossa vida. A gente fez uma passagem de tempo de seis meses, com a narrativa partindo do momento em que o Brasil tinha 9.000 mortos. A doença chega afetando todo tipo de gente, não respeita barreira social, e as pessoas reagem a ele como a gente estava reagindo, lidando com o desconhecido, com medo, usando máscaras”, afirma.
As gravações foram retomadas em setembro do ano passado, com um protocolo rígido de segurança, com testes periódicos para detectar possíveis contaminações pela Covid-19 e também com o isolamento do elenco em hotéis.
De volta ao personagem
Além do medo da contaminação, os atores contam que ficaram bastante inseguros de voltar aos seus papéis após tanto tempo. “Para mim foi meio esquisito. Na primeira cena que eu fiz, falei: ‘acho que