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Paulistano se aglomera nas ruas ao longo do dia

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O trânsito pesado nas ruas de São Paulo, na terçafeira (23), deixava claro que o índice de adesão ao isolamento social na cidade não devia andar lá muito alto. Naquele dia, de acordo com dados do governo do estado, apenas 38% dos moradores da capital ficaram em suas casas.

Tem sido assim em praticamen­te todos os dias úteis. Aos fins de semana, neste ano, esse índíce chegou a, no máximo, 48%. Desde o dia 27 de dezembro a cidade não tem ao menos a metade de sua população longe do possível contato do novo coronavíru­s.

A medida com restrições anunciada pelo governo João Doria, no entanto, não elimina o que se vê, durante o dia na cidade: aglomeraçõ­es em bairros de comércio popular, como o Brás, centros de compras, e nas ruas do centro. “Está voltando ao normal. Durante o dia é isso: trânsito e gente na rua”, afirma a motorista de aplicativo Amanda Correa, 25 anos.

Dirigindo pelo Brás, ela diz que o bairro de comércio popular —repleto de ambulantes e compradore­s— até costumava ser mais cheio, mas da forma como está já é o bastante para em alguns trechos carros e pedestres disputarem os espaços no asfalto.

Por ali, pessoas sem máscaras são tão comuns quanto as que usam o item de proteção. Não raro, andando pela calçada, pode-se sentir a presença de alguém como ele gritando a seu lado —sem máscara. “Minha mãe é idosa então eu tento usar, mas não é todo mundo que pensa assim”, diz.

Mas não só em bairros de comércio popular as aglomeraçõ­es tem lugar. Nas ruas do centro da cidade ou na avenida Paulista, por exemplo, o fluxo é intenso. (Folha)

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