Agora

Jogadora de games é morta a facadas na casa de estudante

Corpo de Ingrid Bueno, 19, foi encontrada na casa do suspeito do crime, de 18 anos, que foi preso

- GABRIELA BONIN ALFREDO HENRIQUE

Uma jogadora de games de 19 anos foi morta a facadas na tarde desta segunda (22). O suspeito do crime é um estudante de 18 anos, também jogador de esports (jogos eletrônico­s). O crime, segundo a polícia, ocorreu na casa dele, em Pirituba (zona norte). Ele está preso.

Segundo o boletim de ocorrência, o jovem afirmou em depoimento que conheceu a vítima pela internet havia pouco mais de um mês. O corpo da estudante Ingrid Bueno, conhecida como Sol entre os jogadores, foi encontrado ao lado de uma cômoda.

A jovem, de acordo com o relato de policiais militares, foi atingida com facadas no peito e tinha um profundo corte no pescoço.

Ainda de acordo com o BO, a polícia foi chamada para atender a uma ocorrência na casa do suspeito. Quando os policiais chegaram, apenas o irmão do estudante estava. Ele afirmou aos agentes que encontrou o corpo da garota.

Por telefone, o irmão convenceu o suspeito a se entregar no 87º DP (Vila Pereira Barreto). Um policial civil registrou em vídeo, com um celular, o momento em que o estudante era algemado. Ao ser questionad­o se tinha ciência do que havia feito ele responde, “claro que tenho”. O estudante chegou à delegacia, segundo o BO, com seu par de botas sujo de sangue.

O estudante foi indiciado em flagrante por homicídio duplamente qualificad­o, por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima. O flagrante foi convertido para prisão preventiva, ou seja, sem tempo determinad­o, segundo o Tribunal de Justiça. Até a conclusão desta edição, ele não tinha advogado.

A polícia vai analisar um livro no qual o suspeito afirma ter deixado registrado seus objetivos e motivação do crime, diz o BO.

Sol jogava Call of Duty: Mobile, jogo de tiros, e era uma liderança na equipe FBI E-sports, segundo colegas. O jovem era da Gamers Elite.

Segundo nota da equipe do suspeito, ele enviou um vídeo no grupo do Whatsapp do time, no qual afirmaria que “supostamen­te acabara de matar uma mulher, filmar e compartilh­ar”. O jogador teria mandado um vídeo da vítima morta.

O suspeito, ainda segundo a nota, também enviou um documento em PDF com “mensagens de ódio contra cristãos” e fazendo “um aceno ao terrorismo”.

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Suspeito pela morte de Ingrid Bueno, 19 anos, é também praticante do esporte

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