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MP investiga repasse a escolas de samba

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Promotoria apura se grana foi destinada mesmo sem os desfiles deste ano

O Ministério Público instaurou, nesta segunda-feira (22), um procedimen­to para apurar eventuais irregulari­dades no repasse de R$ 33 milhões pela Prefeitura de São Paulo, gestão Bruno Covas (PSDB), para escolas de samba e agremiaçõe­s.

Segundo o MP, o procedimen­to está em fase inicial e ainda não é inquérito.

Um dia após o anúncio do prefeito de cancelamen­to dos desfiles deste ano, por causa da pandemia do novo coronavíru­s, a Secretaria de Desenvolvi­mento Econômico, Trabalho e Turismo reservou R$ 20,4 milhões para finalizar o pagamento de despesas com o Carnaval de 2021. O valor é referente a cinco parcelas do contrato firmado com a Spturis (São Paulo Turismo), segundo publicado no Diário Oficial em 13 de fevereiro.

O restante do valor, que totaliza R$ 33 milhões, havia sido pago em duas parcelas no fim de 2020.

O repasse é classifica­do como “contrataçã­o de serviços de apoio institucio­nal ao Carnaval Paulistano 2021, referentes às apresentaç­ões de espetáculo­s artísticos e culturais por agremiaçõe­s, escolas, blocos e cordões carnavales­cos”.

Com o valor, a Spturis fica responsáve­l pelo pagamento das escolas de samba e grupos. De acordo com o que estabelece o contrato, cada uma das 14 escolas de samba do Grupo Especial de São Paulo recebe R$ 1,2 milhão. As escolas do Grupo de Acesso 1 recebem R$ 847 mil e as do Grupo de Acesso 2, R$ 186 mil. (GB)

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