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Mãe de Henry exige um promotor de Justiça

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Defesa pede que Monique preste novo depoimento sobre morte do filho

RIO DE JANEIRO A defesa da professora Monique Medeiros reiterou, nesta segunda-feira (19), pedido para que ela deponha novamente sobre as circunstân­cias da morte do filho, Henry Borel, em 8 de março. Os advogados requereram que seu novo depoimento seja acompanhad­o por promotor de Justiça.

Em seu primeiro depoimento, Monique e o namorado, o vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr Jairinho (sem partido), sustentara­m a versão de morte acidental. Mas o laudo médico atesta que Henry foi vítima de ação violenta.

Quando presos, no dia 8 de abril, os dois compartilh­avam o advogado e a estratégia de defesa. No dia 12 de abril, quatro dias após a revelação de troca de mensagens em que a babá relatava a Monique as agressões sofridas por Henry, ela trocou de advogados.

A defesa pediu, então, que Monique prestasse novo depoimento. Sem resposta do delegado Henrique Damasceno, da 16ª DP, os representa­ntes da mãe de Henry protocolar­am uma nova petição. Além de reivindica­r novo depoimento, advogados de Monique requereram, junto ao procurador-geral do Ministério

Público do Rio de Janeiro, a designação de um promotor especial para acompanhar o inquérito.

“A defesa está protocolan­do petição ao delegado reiterando a necessidad­e imprescind­ível de ouvir Monique”, diz nota divulgada pela defesa da professora.

A defesa afirma que seu objetivo “é o resgate da verdade na fase de inquérito policial”. “Se o objetivo do inquérito é buscar a verdade, em todos os seus contornos, não se justifica a demora na nova audição de Monique pedida pela defesa”, diz nota divulgada pela defesa de Monique.

Em nota divulgada no sábado (17), a defesa de Monique mostrou nova estratégia: os advogados afirmaram que os relatos de violência contra outras mulheres e crianças cometidas por Jairinho são um padrão.

Monique poderá responder por homicídio qualificad­o caso o juízo entenda que há indícios de que ela foi omissa, segundo criminalis­tas consultado­s pela reportagem. (Folha)

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