Bolsonaro recebeu empresário que deu apoio ao filho Jair Renan
Empresa de filho do presidente é investigada pela Polícia Federal
BRASÍLIA O presidente Jair Bolsonaro recebeu no Palácio do Planalto o empresário Wellington Leite, o mesmo que doou um carro elétrico avaliado em R$ 90 mil para um projeto parceiro da empresa de Jair Renan, filho 04 do presidente.
O projeto MOB é de propriedade do ex-personal trainer de Renan, Allan Lucena. O MOB e a Bolsonaro Jr Eventos e Mídia, de Jair Renan, inauguraram em outubro passado o projeto Camarote 311, no estádio Mané Garrincha, em Brasília. Leite esteve na inauguração. Ele apareceu entre Renan e Allan
em um vídeo do evento.
O carro elétrico foi doado pelos grupos WK, de propriedade de Leite, e Gramazini Granitos e Mármores Thomazini.
Ambos tiveram suas logomarcas impressas na decoração da parede do escritório de Renan, junto com outras empresas que apoiaram o empreendimento.
A Secretaria de Comunicação da Presidência diz não ser possível informar a data do encontro nem o motivo. A reunião não aparece na agenda de Bolsonaro.
À reportagem, o empresário do Espírito Santo não informou a data. “Confesso que não me recordo”, disse. “Visitei o Planalto e tive a sorte de tirar uma foto com o presidente. Foi tudo muito rápido”, completou.
A empresa de Jair Renan Bolsonaro é investigada pela Polícia Federal, a pedido do Ministério Público Federal, sob suspeita de tráfico de influência junto ao governo. A Bolsonaro Jr tem como finalidade organização, criação de conteúdo publicitário para feiras, leilões, congressos, conferências e exposições. (Folha)
O juiz federal William Douglas, 53, é um dos nomes que correm por fora quando o assunto é o próximo indicado por Jair Bolsonaro ao STF (Supremo Tribunal Federal). Pastor pentecostal, ordenado há 11 anos pela Igreja Batista Getsêmani, ele diz não achar ruim que Bolsonaro tenha prometido a vaga a alguém “terrivelmente evangélico”.
“Assim como já tivemos espaço para a busca de uma mulher e de um negro, vale lembrar que os evangélicos são 30% da população”, diz o magistrado. “Portanto é perfeitamente legítimo, e até meritório, que um presidente coloque ao menos um representante dessa cosmovisão [no STF]”, disse Douglas, que vê Bolsonaro como um “patriota que quer melhorar o país”. (Folha)
O comandante do Exército, general Edson Pujol, afirmou nesta segunda (19), em cerimônia ao lado de Jair Bolsonaro, que a corporação permanecerá fiel aos preceitos constitucionais e a princípios de legalidade.
“Na fiel observância dos preceitos constitucionais, regidos pelos princípios da ética, da probidade, da legalidade, da transparência e da imparcialidade, conectado no tempo e no espaço, e aos genuínos anseios do povo brasileiro, o Exército sempre se fará presente”, disse o comandante.
A fala de Pujol, que deve ser substituído nesta terça (20), ocorre três semanas depois da crise militar deflagrada com a decisão de Bolsonaro de demitir o então ministro da Defesa, Fernando Azevedo. (Folha)