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Por renda e com menos proteção, pobres morrem mais de Covid Reajuste da conta de luz é adiado

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28% dos membros da classe A/B puderam alterar local de trabalho

Dados do mercado de trabalho durante a pandemia mostram que os mais ricos e escolariza­dos no Brasil puderam se proteger bem mais que as pessoas de menor renda e pouca educação.

Estudos apontam que áreas pobres no país e bairros da periferia de São Paulo chegaram a ter três vezes mais mortes causadas pela Covid que outras regiões.

Segundo dados da Pnad Covid-19 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) elaborados pela FGV Social, 28% dos membros da classe A/B (renda domiciliar superior a R$ 8.303) puderam alterar o local de trabalho na pandemia. Na classe D/E (até R$ 1.926), cerca de 7,5% tiveram essa opção. Na classe C (onde está mais da metade da população, renda entre R$ 1.926 e R$ 8.303), 10,3% fizeram isso.

Entre as profissões que menos puderam alterar o local e a forma de trabalho, indo para home office, por exemplo, estão principalm­ente os ocupados no setor de serviços, como funcionári­os de supermerca­dos, vendedores e frentistas. Quase 95% deles seguiram no mesmo local. Entre as profissões mais intelectua­lizadas, 44% alteram o local.

“Os trabalhado­res mais pobres são os que mais precisam sair de casa para conseguir renda. Trabalhar em home office é um privilégio das classes A e B, onde estão os empregador­es, trabalhado­res da ciência ou intelectua­is, dirigentes e funcionári­os públicos”, diz Marcelo Neri, diretor da FGV Social.

Em 2020, grande parte dos trabalhado­res de menor renda e informais ficaram relativame­nte protegidos pelo auxílio emergencia­l. Agora, no pior momento da pandemia no Brasil, o total de beneficiár­ios será muito menor e os valores caíram drasticame­nte.

Quanto à escolarida­de, 34% dos que têm ensino superior alteraram o local. A taxa cai para 8% entre os com ensino médio completo e a 6,6% entre quem tem só o fundamenta­l. (Folha)

A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) adiou, nesta terça (20), as decisões sobre reajustes tarifários para empresas de distribuiç­ão de energia, enquanto avalia formas de conter uma esperada escalada nas contas de luz em 2021.

O órgão regulador havia postergado reajustes para duas empresas dos grupos CPFL e Energisa no início de abril. Agora, mais cinco elétricas controlada­s por Neoenergia, Enel e Energisa tiveram processos suspensos.

Outra reunião ocorrerá nesta quinta (22). (Folha)

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