Ofício sobre cloroquina pode ser prova contra governo em CPI
Documento da gestão Bolsonaro já está em mãos de futuro relator
O senador Renan Calheiros (MDB-AL), futuro relator da CPI da Covid, já tem em mãos um ofício no qual o governo federal orienta a
Fiocruz a divulgar e indicar a prescrição de cloroquina ou hidroxicloroquina no tratamento contra a Covid-19.
Para membros da comissão, o documento poderá ser usado eventualmente como prova para imputar crimes a integrantes do governo Jair Bolsonaro na gestão da pandemia.
Os senadores do grupo independente e de oposição que compõem a CPI definiram que uma das frentes de investigação deve ser a recomendação do uso de remédios sem eficácia comprovada contra a Covid.
Além da retórica do presidente da República, os parlamentares querem apurar a atuação do Ministério da Saúde para incentivar o uso dos medicamentos por estados e municípios.
O governo recentemente passou a adotar a narrativa de que apenas disponibilizou os medicamentos e que a decisão cabe aos médicos.
Os senadores, no entanto, pretendem iniciar a investigação em um período anterior e trabalham na pesquisa de documentos. (Folha)
LEI DA DITADURA A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (20) requerimento de urgência de um projeto para substituir a Lei de Segurança Nacional, resquício da ditadura militar. A proposta deve contemplar prisão de até cinco anos e multa para quem usar robôs para fazer disparos em massa com notícias falsas que possam comprometer o processo eleitoral no país. A urgência foi aprovada por 386 votos a 57. Bolsonaristas são contra a votação do projeto, como o o líder do PSL na Câmara, Vitor Hugo (GO). (Folha)