O sonho não pode esperar
Amor. Romantismo. Paixão. O mês de maio está chegando.
Elisângela dava um suspiro. —Vai ser que nem no ano passado.
Estava tudo pronto para o seu casamento.
—Com o Fábio. Finalmente. O noivado já durava 11 anos. —Ele sempre adiando...
Veio a pandemia.
Elisângela teve de concordar. —Agora, não faz sentido mesmo...
—Pois é... Quem sabe no ano que vem.
O ano passou. A Covid, não. Fábio se dizia desesperado. —Coisa terrível.
Elisângela revia seus planos. —Não precisa ter festa, Fábio...
—Hum... mas não vai ser a mesma coisa.
—Nem igreja... cerimônia simples.
Fábio já não sabia o que dizer. —Tanta incerteza econômica...
—Pensa até amanhã.
Fábio foi até a casa de Elisângela bem cedo.
A moça o esperava já com o vestido de noiva.
—E então?
Ele tirou um papel do bolso. Não era a documentação. —Teste de Covid. Deu positivo.
Fábio avisa que vai ficar em confinamento.
—Junto com o Betinho. Pegou Covid também.
Elisângela desistiu de esperar notícias.
Fábio curte o amor com Betinho.
—Cansei daquele meu negacionismo.
Usar máscara é importante. Mas tem horas que é inútil disfarçar.