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Trilogia de terror ‘Rua do Medo’ vai além dos sustos, afirma elenco

Primeiro filme estreia hoje na Netflix; na trama, adolescent­es tentam desvendar mistérios de 300 anos

- MARIANA ARRUDAS

Para os amantes de filmes de terror, o mês de julho promete ser interessan­te, com bons sustos. As três partes de “Rua do Medo” estreiam hoje e nos dias 9 e 16, respectiva­mente, na Netflix, e prometem trazer uma trama contemporâ­nea, inspirada na famosa série de livros do autor norte-americano R.L. Stine.

Com direção de Leigh Janiak, de “Honeymoon” (2014), o suspense acompanha um grupo de adolescent­es tentando desvendar mistérios que assombram a pequena cidade fictícia de Shadyside por mais de 300 anos. “Nos inspiramos no espírito do livro, na diversão, na família e na justiça, mas reformulam­os para um novo espaço”, diz Janiak.

Ashley Zuckerman, de “Manhattan” (2014 - 2015), que vive Nick Goode no primeiro filme, diz que apesar de os livros terem sido um sucesso entre os anos de 1990 e 2000, “a história que contamos agora é uma versão de 2021, sobre aquele universo. Apesar de se passar nos anos 1994, 1978 e 1666, é completame­nte atual.”

A cineasta contou, em entrevista por videochama­da à reportagem, que as filmagens para os três filmes foram loucas, sangrentas e longas. “Filmamos por 106 dias em Atlanta.”

Janiak pontua que durante a produção esteve focada em fazer com que os atores fossem autênticos e realmente encarnasse­m os personagen­s. “Quero que o público assista e pense ‘é assim que eu sou agora’ ou ‘era assim que eu era quando eu era um adolescent­e’”, afirma. O trio principal de adolescent­es é vivido por Kiana Madeira, de “Flash” (2018); Olivia Welch, de “Modern Family” (2009); e Benjamin Flores Jr., que esteve em “Policial em Apuros” (2014).

Kiana diz que, para ela, a melhor parte foi poder mergulhar no universo dos adolescent­es dos anos 1990, no papel de Deena, e adentrar o mundo de 1666. “Nos anos 1990, não tínhamos a mesma tecnologia que temos agora, atualmente estaríamos nos nossos computador­es ou celulares”, diz. “O senso de aventura dos adolescent­es era muito diferente do que é agora.”

Olivia Welch, que dá vida a Samantha Fraser, diz que a trama é assustador­a, mesmo que vivida por adolescent­es. “Dá para levar uns bons sustos e tem coisas doidas que acontecem que me assustam, mesmo que eu tenha gravado as cenas e já tenha visto os filmes.”

A diretora comenta que os longas diferem de filmes comuns de terror porque deixam os personagen­s viverem por mais tempo e terem um arco completo na história. “[Conseguimo­s] ver como eles podem viver, ou pelo menos como viveriam mais do que normalment­e fariam em filmes de terror.”

Histórias profundas

O elenco afirma ainda que os filmes contam histórias profundas além de dar sustos, o que pode ser perfeito para quem ainda não gosta muito de filmes de terror. “Não é apenas um filme de terror. Tem muitas outras histórias acontecend­o ao redor”, afirma Flores, que interpreta Josh.

“Tem histórias de amor, aventura e mistério. Então acredito que é possível assistir focando nisso e cobrir os olhos com as mãos nas partes assustador­as”, completa Janiak .

Zuckerman conta que durante as gravações, não percebia estar em um filme de terror e que isso foi um ponto crucial para a construção do enredo.

“Não tem nada nos filmes que vai chocar por nada, tudo tem um propósito. O filme não assusta só por brincadeir­a ou diversão. Quando há algo que assuste é porque é importante para a história.”

“Rua do Medo Parte 1: 1994” chega hoje à Netflix. Já o “Parte 2: 1978” será lançado no dia 9 de julho, e o último filme, “Parte 3: 1666”, será disponibil­izado no dia 16. “Espero que amem o filme tanto quanto eu amei fazer!”, diz a diretora.

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IMDB Cena do último filme da trilogia de ‘Rua do Medo’, que estreia no dia 16 na Netflix; trilogia é inspirada na famosa série de livros

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