Atrizes premiadas em Cannes
Após ser cancelado em 2020 em razão da pandemia, o Festival de Cannes realiza a partir da próxima terça-feira sua 74ª edição. A seleção principal terá 61 filmes, que serão avaliados pelo júri presidido pela primeira vez por um negro, o diretor norteamericano Spike Lee. O júri será composto de cinco mulheres e quatro homens. Entre os jurados está o diretor Kleber Mendonça, vencedor da Palma de Ouro por “Bacurau” em 2019, último ano do festival. As sessões presenciais vão voltar, mas alguns cuidados serão mantidos, como a exigência de testes de Covid para todos os participantes. Além da cobiçada Palma de Ouro, Cannes atribui outros prêmios aos
GIULIETTA MASINA, EM NOITES DE CABÍRIA (1957)
Este clássico de Federico Fellini deu à atriz italiana o prêmio de interpretação feminina no Festival de Cannes de 1957. Giulietta é a prostituta Cabíria, que entre o trabalho nas ruas de Roma e as desilusões em paixões mantém o otimismo e a busca pelo amor. A personagem já havia aparecido em outro longa do diretor, “Abismo de um Sonho”(1952), também interpretada por Giulietta. Ao assistir ao longa de 1957, é impossível pensar em outra atriz para viver a prostituta. Cabíria tem orgulho de sua casa, comprada com o seu trabalho, na periferia de Roma. Divide as ruas com outras garotas, conhece um longas concorrentes, como os de interpretação feminina e masculina. A primeira a vencer na categoria atriz foi a francesa Michèle Morgan, em 1946, por “A Sinfonia Pastoral”. A ela seguiram-se tanto estrelas hollywoodianas como Bette Davis e Katharine Hepburn, nomes europeus (Jeanne Moreau, Isabelle Huppert, Sophia Loren e Anouk Aimé, por exemplo) e outros não tão conhecidos do grande público. Entre as contempladas, há duas brasileiras: Fernanda Torres e Sandra Corveloni. A seguir, confira algumas das interpretações premiadas por Cannes. cliente famoso e sofre golpes de quem diziam amála. Mas não perde a esperança, como o rosto de Giulietta nos faz lembrar. Casada com o diretor, a atriz era considerada a musa de Fellini, estrelando vários filmes dele. “A Estrada”, “Cabíria” e “Julieta dos Espíritos” estão entre os principais. Além do prêmio em Cannes, o longa também recebeu o Oscar de melhor filme estrangeiro em 1958. A união entre Giulietta e Fellini durou 50 anos, até a morte do diretor, em 1993. A atriz morreu meses depois, no início de 1994.
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