DESTAQUE DO DIA SP apura indícios de transmissão comunitária de variante delta
Homem de 45 anos, que teve o primeiro caso confirmado na capital, afirmou que não viajou
A Covisa (Coordenadoria de Vigilância em Saúde), da Prefeitura de São Paulo, afirma que existem indícios de que o paciente com a variante delta do novo coronavírus identificado na capital foi infectado por transmissão comunitária.
O primeiro caso de um morador na cidade de São Paulo com a cepa identificada pela primeira vez na Índia foi confirmado na noite de segunda-feira (5). Trata-se de um homem de 45 anos, que teve sintomas leves da Covid-19, diz a Secretaria Municipal da Saúde.
Luiz Artur Vieira Caldeira, coordenador da Covisa, afirmou no início da tarde desta terça que há uma investigação sobre os indícios de transmissão comunitária.
“Podemos dizer que temos indícios que podem levar à confirmação de transmissão comunitária. No entanto, esse caso está sob investigação”, disse ele, em entrevista à TV Globo.
Segundo a secretaria, o paciente afirmou que trabalha em casa, disse não ter viajado e negou que teve contato com outras pessoas que tenham viajado.
Outras três pessoas (mulher, filho e enteado), que moram com o paciente, também apresentaram sintomas na mesma época —o homem procurou atendimento médico no dia 19 de junho e o resultado com a confirmação da Covid-19 saiu dois dias depois—, igualmente seguem em casa e são monitorados.
“O caso está sob investigação para descobrir de que forma ocorreu a contaminação, levando em consideração que a pessoa trabalha em casa, diz não ter viajado e não ter tido contato com pessoas que viajaram. No entanto, ele reside com mais três pessoas, que tiveram contato com outras pessoas. Todos estes contatos e locais estão sendo investigados, em busca de uma resposta para saber como ocorreu a contaminação”, diz, a secretaria.
Especialistas alertam que a transmissão comunitária é um indicativo de que a cepa já está circulando e pode provocar aumento de casos.