Procuradoria investiga casos de assédio no Mcdonald’s Declaração simplificada do IR poderá ser reavaliada
A Arcos Dorados, franquia da rede, diz que colabora com a apuração dos fatos
Reforma proposta pelo governo limita regra e prejudica a classe média
O Ministério Público do Trabalho abriu inquérito civil no último dia 22 de junho para apurar denúncias de racismo, assédio sexual e moral contra a Arcos Dorados, maior franquia independente do Mcdonald’s.
Desde o ano passado, o MPT já vinha apurando denúncias da UGT (União Geral dos Trabalhadores) sobre a alta taxa de demissões na rede e, por isso, passou a colher depoimentos de funcionários e ex-funcionários.
Entre os depoimentos está o de Gabriel Milbrat, 19 anos, assediado por um superior. “Ele me abordava no banheiro e na área de almoço”, diz.
Naquela que foi a abordagem mais explícita, Milbrat relata ter sido acordado pelo assediador, quando esse ejaculou sobre ele. O funcionário do Mcdonald’s dormia durante a pausa para o almoço.
A UGT levantou pelo menos 22 casos levados à Justiça do Trabalho.
Em nota, a Arcos Dorados diz reiterar seu total compromisso com a promoção de um ambiente de trabalho inclusivo e respeitoso, onde as pessoas se sintam seguras e tenham liberdade plena de expressão, e reforça que não tolera nenhuma prática de assédio ou discriminação. (Folha)
Criticada pelo potencial de aumentar a tributação sobre a classe média, a limitação proposta pelo governo ao uso da declaração simplificada do IR (Imposto de Renda) poderá ser flexibilizada. Membros da equipe econômica já reconhecem que poderão usar eventuais aumentos de arrecadação para ampliar o público beneficiado pelo mecanismo.
Atualmente, qualquer contribuinte pode optar por fazer a declaração simplificada. Nela, não há necessidade de incluir gastos que viabilizam deduções de imposto, porque há um desconto padrão e automático de 20% sobre a renda tributável. O limite atual desse desconto é de R$ 16.754,34.
Pela proposta, a declaração simplificada só será liberada para contribuintes com renda anual de até R$ 40.000, cerca de três salários mínimos por mês. Isso permitirá um abatimento de até R$ 8.000.
A mudança aumentará o imposto de quem ganha acima desse teto anual e não tem dependentes. Um dos pontos em avaliação é o aumento da faixa de renda que poderá usar a declaração simplificada. Entre as hipóteses está a possibilidade de ampliar o limite anual para R$ 60 mil. (Folha)