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Wallace tenta levar seleção ao bi no vôlei

Destaque na campanha vitoriosa na Rio-16, o oposto é uma das armas do Brasil em Tóquio

- LUÍS MARCELO CASTRO

Potência na modalidade desde os anos 1980, a seleção brasileira masculina de vôlei chega aos Jogos Olímpicos de Tóquio como uma das favoritas à sonhada medalha de ouro.

Em busca do topo do pódio pela quarta vez —venceu em Barcelona-92, Atenas-04 e Rio-16—, a equipe comandada por Renan Dal Zotto, que volta ao banco após ter sérias complicaçõ­es por causa da Covid-19, chega credenciad­a pela conquista da última Liga das Nações, na Itália, e pela liderança do ranking da FIVB (Federação Internacio­nal de Vôlei).

Mais que isso, o Brasil levará ao Japão um grupo experiente e de muita qualidade. Em meio a destaques como Leal, Bruninho, Lucão e Maurício Souza, o conjunto nacional aposta suas fichas em Wallace, 34 anos, eleito o melhor oposto e o melhor jogador da última Liga das Nações.

O paulistano de 1,98 m que defende o Sada Cruzeiro, de Minas Gerais, disputará sua terceira Olimpíada — levou a prata em Londres-12 e faturou o ouro, no Rio de Janeiro, quatro anos depois.

Desde que estreou na seleção principal, com um ouro nos Jogos Pan-americanos de Guadalajar­a (MEX), em 2011, aos 24 anos, uma década já se passou rodando o mundo entre Mundiais, Ligas e Jogos Olímpicos.

A carreira repleta de troféus por clubes e seleções,como o tetracampe­onato da Superliga e o bicampeona­to mundial, e de prêmios individuai­s escondem um início considerad­o tardio na modalidade, apenas aos 17 anos, quando se profission­alizou no Banespa/são Bernardo, em 2004, perto de onde vivia na zona sul de São Paulo.

Embora já tivesse treinado anteriorme­nte no Centro É O NÚMERO DE MEDALHAS DE WALLACE PELA SELEÇÃO

Olímpico do Ibirapuera, abandonou peneiras e muitas vezes pensou em desistir do vôlei para ajudar o pai.

Depois que estreou, porém, viu a carreira deslanchar. Em 2007 foi chamado à seleção brasileira juvenil e conquistou seu primeiro título mundial. Passou por grandes equipes do Brasil, como Cruzeiro, Taubaté, Sesc-rio, e acumulou experiênci­a internacio­nal no Spor Toto, da Turquia.

Principal atacante da seleção brasileira na atualizade, Wallace Leandro de Souza espera voltar de Tóquio com mais um ouro olímpico para colocar o seu nome de vez na história.

Para isso, o Brasil terá de superar adversário­s complicado­s, como a Polônia, de Kubiak e Bieniek, finalista da última Liga das Nações e atual campeã mundial.

O time verde e amarelo fará sua estreia nos Jogos Olímpicos no dia 23 de julho, contra Tunísia. Na sequência, enfrentará Argentina (26), Rússia (28), EUA (29) e França (31).

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