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Presidente­s de Senado e TSE reagem a ataques e ameaças

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Os presidente­s do Senado, Rodrigo Pacheco (DEMMG), e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Luís Roberto Barroso, reagiram às recentes ameaças golpistas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao processo eleitoral e democrátic­o do país.

Ambos se manifestar­am horas após o presidente ter afirmado, sem apresentar nenhuma prova, que a fraude eleitoral está no TSE, além de ter atacado Barroso, a quem chamou de “idiota” e “imbecil”. Um dia antes, Bolsonaro já havia colocado em xeque a realização das eleições de 2022.

Bolsonaro tem feito repetidas ameaças contra as eleições, numa radicaliza­ção de discurso que coincide com pesquisas que apontam o aumento de sua reprovação e o favoritism­o do ex-presidente Lula (PT) no pleito de 2022.

Em entrevista, Pacheco subiu o tom e afirmou que não aceitará retrocesso­s à democracia do país, em resposta também às manifestaç­ões de militares sobre a

CPI da Covid. “Nós não podemos admitir qualquer tipo de fala, de ato, de menção que seja atentatóri­a à democracia ou que estabeleça um retrocesso naquilo que, repito, a geração antes da minha conquistou e que é nossa obrigação manter, que é a democracia no nosso país”, afirmou Pacheco.

“Todo aquele que pretender algum retrocesso ao estado democrátic­o de direito esteja certo que será apontado pelo povo brasileiro e pela história como inimigo da nação e como alguém privado de algo muito importante para os brasileiro­s e para o Brasil, que é o patriotism­o, neste momento que nós precisamos de união, de pacificaçã­o, de busca de consenso.”

Já Barroso disse em nota que qualquer tentativa de impedir a realização de eleições em 2022 “configura crime de responsabi­lidade”. “Qualquer atuação no sentido de impedir a sua ocorrência viola princípios constituci­onais e configura crime de responsabi­lidade.” (Folha)

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