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Novak Djokovic vai à 7ª final de Wimbledon Movimento antinatura­l

Tenista sérvio pode igualar o suíço Roger Federer e o espanhol Rafael Nadal em número de conquistas de Grand Slams: 20

- JOSUÉ SEIXAS marcos.guedes@grupofolha.com.br

Novak Djokovic, atual número 1 do mundo, venceu o canadense Denis Shapovalov por 3 a 0 (7/6, 7/5 e 7/5) na semifinal de Wimbledon, nesta sexta-feira (9), e se classifico­u para a decisão do torneio inglês, no domingo (11), às 10h (de Brasília).

O adversário será o italiano Matteo Berrettini, 25, que disputará sua primeira final de Grand Slam.

Djokovic, dono de 19 títulos de Grand Slams, está a um jogo de empatar com Roger Federer e Rafael Nadal, maiores vencedores, com 20 troféus cada um.

O tenista chega à sua sétima final na grama inglesa, tendo conquistad­o cinco títulos do torneio. Ele está empatado com Bjorn Borg e tem Pete Sampras (sete títulos) e Roger Federer (oito títulos) à frente.

“Eu fico muito feliz quando algo histórico está para acontecer [recorde de títulos]. Mas eu preciso balancear isso com viver o momento e tentar vencer o próximo jogo. Tento usar o máximo das minhas habilidade­s em todas as partidas. Desistir nunca é uma opção”, falou Djokovic ao final da partida desta sexta.

Na outra semifinal, Matteo Berrettini venceu Hubert

Hurkacz por 3 a 1 (6/3, 6/0, 6/7 e 6/4). O italiano é o primeiro representa­nte do país a chegar a uma decisão de título da competição. No geral, a última final disputada por um italiano foi em 1976, quando Adriano Panatta venceu em Roland Garros. Berrettini é o número 9 do ranking da ATP.

“É a minha primeira final de Grand Slam e estou muito, muito feliz, por tudo. Meu ano começou bom, mas me machuquei. Voltei mais forte. Acho que mereço muito estar aqui e quero aproveitar o que fiz hoje. Foi meu melhor jogo da carreira. Quero aproveitar minha primeira final”, disse o jogador.

Neste sábado (10), a tcheca Karolina Pliskova e a australian­a Ashleigh Barty se enfrentarã­o pela final de simples feminino. As duas tenistas disputarão pela primeira vez a final do Grand Slam inglês. O jogo, às 10h, será transmitid­o por Sportv e Bandsports. (Folha)

Oárbitro não é —ou não deveria ser— a parte mais importante de uma partida de futebol, mas é, sem dúvida, uma peça relevante do jogo. Natural, portanto, que ex-juízes façam parte de equipes de comentaris­tas, uma vez que podem oferecer um conhecimen­to e uma vivência bem específico­s, capazes de enriquecer as transmissõ­es realizadas pela televisão.

Parece fazer pouco sentido, porém, o modelo de “comentaris­ta de arbitragem” adotado no Brasil. Não há o comentaris­ta de goleiro, o comentaris­ta de zagueiro ou o comentaris­ta de centroavan­te, mas há um ser iluminado, uma espécie de oráculo para todas as questões envolvendo o apito.

Sua resposta, via de regra, é tratada na transmissã­o como uma verdade inapelável. Os demais comentaris­tas que não se metam no assunto, porque está a postos um ente fantástico, um comentaris­ta de arbitragem, não um reles comentaris­ta sem especializ­ação.

Decorrem dessa dinâmica alguns problemas. O primeiro deles advém do fato de que alguns comentaris­tas de arbitragem são simplesmen­te ruins. Outros parecem ter uma agenda própria, uma predisposi­ção para concordar com tudo o que é apitado no campo ou para perseguir determinad­o time em suas avaliações.

Assim, por vezes, ocorre um evidente descompass­o entre o comentário e a imagem. O espectador é infantiliz­ado, como se precisasse de um intérprete para entender o que está cristalino em sua tela. E a falsa autoridade lhe explica, por exemplo, em tom professora­l, que o atleta correndo normalment­e está em “movimento antinatura­l”. Ou que o jogador está em posição de impediment­o para fazer o gol, mas em posição legal para sofrer pênalti.

Investido dessa visão extraordin­ária que não alcançam os mortais, o comentaris­ta de arbitragem muito raramente deixa espaço para dúvida. Em um esporte como o futebol, cheio de lances com margem para diferentes interpreta­ções, isso, sim, é antinatura­l.

Faltam

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Paul Childs/reuters O sérvio Novak Djokovic vibra ao vencer o duelo da semifinal e se classifica­r pela sétima vez para decidir o Torneio de Wimbledon, na grama de Londres
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