Os Jogos Olímpicos renascem em Atenas
Após 1.500 anos do fim dos Jogos Olímpicos da Grécia Antiga, o aristocrata e historiador francês Pierre de Frédy, o Barão de Coubertin, iniciou uma campanha para a volta das Olimpíadas, como eram na Grécia Antiga. Assim, em 23 de junho de 1894, ele realizou um congresso internacional na Universidade de Sorbonne, em Paris (FRA), com a participação de 79 representantes de 13 países, e conseguiu reacender a chama olímpica.
Foi criado então o COI (Comitê Olímpico Internacional), presidido por Coubertin, que escolheu Atenas, a capital grega, para sede da primeira edição dos Jogos Olímpicos da era moderna. Ao todo, 241 atletas (todos homens) de 14 países competiram em 43 eventos distribuídos nas provas de atletismo, natação, ginástica, ciclismo, luta, levantamento de peso, esgrima, tiro e tênis.
A abertura foi marcada pelo acendimento da chama olímpica na cidade de Olímpia, o que virou tradição. Embora os Jogos tenham sido um sucesso, a primeira edição foi marcada pelo amadorismo, uma vez que muitos eram atletas de fim de semana e outros, turistas que acompanhavam o evento e foram aceitos nas disputas. Um desses foi o irlandês John Boland. Um amigo o inscreveu no tênis e ele acabou conquistando a medalha de ouro.
Mas os que entraram para a história foram o americano James Brendan Bennet Connolly e o grego Spiridion Louis. Connolly foi o primeiro medalhista da Olimpíada moderna, no salto triplo. E Louis se tornou o primeiro campeão da maratona. A largada ocorreu na cidade de Maratona (local da batalha onde os gregos derrotaram os persas, em 490 a.c., que originou a lenda que o soldado Fidípides correu a distância entre Maratona e Atenas para levar a mensagem da vitória e caiu morto de exaustão). (CQ)