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Eurocopa? Aqui é Corinthian­s!

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Omundo olha para Londres onde, no santuário de Wembley, Inglaterra e Itália decidem o título europeu, conquista inédita para os inventores do futebol, mas bicampeona­to para a Azzurra.

Jogo que será disputado em gramado impecável e diante de mais de 60 mil torcedores, tomara que sem consequênc­ias graves, porque uma temeridade em tempos de pandemia por mais cuidados que sejam tomados.

Os ingleses contam com o fator casa e, quem sabe, com a arbitragem caseira como se viu na eliminação da Dinamarca nas semifinais, além de o English Team ser mais que respeitáve­l, com o jamaicano naturaliza­do súdito da rainha, Raheem Sterling, campeão da Premier

League pelo Manchester City, ora fazendo gols, ora simulando pênalti decisivo com sucesso.

É potato! Até o VAR favorece o grande na hora agá, pois o Big Ben fica em Londres, não em Copenhague.

A nova Azzurra é uma incógnita: jogará como fez até a semifinal e de acordo com a proposta do treinador Roberto Mancini, competir com graça e futebol de qualidade, ou voltará a ser pragmática como fez contra a Espanha, para derrotá-la na marca da cal?

Os italianos estão invictos há 33 jogos, 1030 dias, a três partidas de igualar o recorde da seleção brasileira entre 12 de dezembro de 1993 e 21 de janeiro de 1996, curiosamen­te a série nacional começada com vitória e terminada com derrota para o México.

Tudo isso neste domingo (11), às 16h, com possibilid­ade de 30 minutos de prorrogaçã­o e nova decisão por pênaltis.

E é aí que a maior torcida do Brasil pode mudar de canal sem ver a finalíssim­a até o fim.

Porque às 18h15, no Maracanã, a Nação rubro-negra, a do traumatiza­do bicampeão brasileiro Flamengo, que virou saco de pancadas, começa a enfrentar a Chapecoens­e.

Simultanea­mente, na Arena Pantanal, o Cuiabá, das menores torcidas nacionais, pega o Ceará.

Perguntem a rara leitora e o raro leitor aos envolvidos que jogo eles acham mais importante.

Já para a segunda maior torcida brasileira, a corintiana, também o jogo mais relevante do domingo não será o disputado em Londres, nem muito menos no Rio ou na capital mato-grossense, mas na capital cearense, onde, às 20h30, o Corinthian­s desafiará o favorito Fortaleza, no Castelão de gramado impraticáv­el, a cara da CBF.

Esqueça o Cuiabá, com todo respeito, apesar da quase vitória do caçula da Série A sobre o Bragantino no meio da semana.

Pense apenas nos rubro e alvinegros.

O torcedor e o clube da Gávea estão por aqui quando o assunto é seleções, capazes de desfalcar o Mengo a ponto de ser derrotado em quatro de seus seis últimos jogos e ainda causar bico em Pedro, o substituto de Gabigol, por impedi-lo de ir à irresponsá­vel, e sem público, gelada Olimpíada de Tóquio. Querem saber é da reação do time e danem-se as Cova América e Eurocovid.

A preocupaçã­o do torcedor do clube de Parque São Jorge é outra, porque, de tão fraco, o elenco não tem ninguém, nem na seleção brasileira principal, nem na olímpica.

Diferentem­ente do rubro que sonha com o tri, o alvinegro tem pesadelos com a possibilid­ade do bi-rebaixamen­to.

Inglaterra? Itália? Ora, a Fiel quer é ver seu time capaz de, ao menos, trazer um ponto do Ceará que estará de bom tamanho, depois de sofrer para conseguir a terceira vitória, em Chapecó, em dez jogos, com cinco empates.

Sim, o sexto será muito bem-vindo.

Aqui é Corinthian­s e é Flamengo; as duas torcidas nem ligam para Wembley

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