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Como evitar a ‘limpa’ da conta bancária

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Em novo golpe, método de invasão de celulares furtados usa falhas humanas como brecha

Não basta ter o celular roubado. Não basta ter o cartão clonado. Não basta cair no golpe do Whatsapp.

Como revelou uma série de matérias do repórter Rogério Pagnan, na Folha de S.paulo no mês passado, agora os bandidos que surrupiam celulares conseguem também entrar nos aplicativo­s dos bancos e fazer uma limpa na conta das vítimas.

Teve gente que perdeu R$ 10 mil, R$ 20 mil, R$ 50 mil. Não só valores que estavam na conta, mas também por meio de empréstimo­s que os criminosos conseguira­m fazer.

Pode ser pior? Pode: nem todos os bancos têm devolvido o dinheiro, porque alegam que os aplicativo­s são seguros e não reconhecem nenhuma vulnerabil­idade.

Como se proteger? Nova reportagem nesta semana mostrou que um dos métodos usados para invadir iphones, segundo policial responsáve­l pela prisão de uma quadrilha, não envolvia técnicas sofisticad­as, mas sim uma conhecida falha humana: deixar senhas salvas em algum arquivo.

Nada garante que não existam outros métodos mais elaborados, mas pelo menos nesse caso podemos fazer a nossa parte e jamais salvar senhas em emails, Whatsapp, bloco de notas ou qualquer arquivo.

E o principal, que é bem óbvio, mas que nestes tempos esquisitos é importante lembrar: não tenha o celular furtado por distração (se for roubo, por favor, não reaja). Quando andar por aí, não descuide nem sequer por um segundo. E nunca, de jeito nenhum, caminhe olhando para a tela ou digitando no celular (além do risco de furto, você pode quebrar um pé, como já aconteceu com esta colunista).

Segundo a polícia, os principais alvos dos bandidos são aparelhos que estão em uso, pois já estão desbloquea­dos e fica mais fácil ainda dar o golpe.

Enfim, se você for vítima, entre em contato imediatame­nte com o banco para bloquear a conta. Depois bloqueie o chip e o aparelho, ligando para a operadora.

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 ??  ?? Alessandra Kormann é jornalista e tradutora. Trabalhou sete anos na Folha de S.paulo. É colunista do Agora desde 2005.
Alessandra Kormann é jornalista e tradutora. Trabalhou sete anos na Folha de S.paulo. É colunista do Agora desde 2005.

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