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Relator de reforma prevê corte de R$ 20 bi

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Para deputado, texto irá redistribu­ir a carga tributária entre os brasileiro­s

BRASÍLIA O deputado Celso Sabino (PSDB-PA), relator do projeto de lei do governo que altera o Imposto de Renda, afirmou que pretende entregar um novo texto com corte de R$ 20 bilhões na carga tributária.

“Estamos prevendo no nosso texto medidas que vão reduzir de forma líquida e efetiva a carga tributária sobre a renda em R$ 20 bilhões”, afirmou o deputado.

Segundo ele, o objetivo do texto é redistribu­ir a carga tributária entre os mais e os menos favorecido­s. “Vamos propor uma redistribu­ição da carga dentro das premissas de tributar mais quem tem capacidade contributi­va maior”, disse.

Ele e os demais envolvidos nas discussões buscam como forma de compensar as alterações medidas como a redução de subsídios a grupos específico­s.

As medidas são acompanhad­as pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Após reclamaçõe­s da iniciativa privada sobre um aumento da carga tributária sobre os empresário­s, ele já afirmou que pretende aprofundar o corte de IRPJ (Imposto de Renda de Pessoas Jurídicas) e compensar a alteração com redução de subsídios.

Guedes já falou que o corte de IRPJ, hoje previsto em 5 pontos percentuai­s no projeto de lei, pode subir para 10 pontos para atender as empresas. Agora, uma redução maior, de 12,5 pontos, passou a ser mencionada nas discussões. O próprio ministro já sinalizou um corte de até 15 pontos.

Em uma rede social, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PPAL), disse que o relator estudava reduzir em R$ 50 bilhões a carga tributária sobre a renda do capital produtivo e de trabalhado­res.

Nesta segunda, a Receita Federal apresentou o detalhamen­to do impacto fiscal da proposta de reforma do IR e passou a prever um ganho maior de arrecadaçã­o em comparação com a estimativa apresentad­a há cerca de duas semanas. A revisão mais do que triplica as previsões de receitas com a reestrutur­ação, se considerad­o o conjunto dos próximos três anos.

Quando entregou o projeto ao Congresso, em 25 de junho, o fisco informou que o impacto das medidas seria de R$ 1,9 bilhão de 2022 a 2024. Agora, o ganho no mesmo período foi revisto para R$ 6,15 bilhões.

As mudanças para pessoas jurídicas geraram onda de críticas de empresário­s sob a alegação de que a tributação agregada das companhias aumentará. (Folha)

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