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Chineses reclamam de muvuca no hotel

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Os primeiros atletas chineses a chegarem ao Japão para competir na Olimpíada de Tóquio mostraram estar preocupado­s com as frouxas medidas tomadas para controlar a propagação de infecções pelo novo coronavíru­s.

Zhang Xiaodong, dirigente da Associação Chinesa de Vela, contou que os esportista­s se misturaram a turistas e moradores locais em seu hotel em Enoshima, local das disputas da modalidade durante os Jogos.

“Apesar de equipes de países diferentes estarem acomodadas em andares separados, os turistas se misturam aos atletas no saguão do hotel e no restaurant­e”, afirmou Zhang, em entrevista à agência Xinhua.

No caso da vela, as disputas olímpicas serão em Enoshima, ilha localizada 95 km a sudoeste da capital de Tóquio. As delegações ficam hospedadas em hotéis, que funcionam como a Vila Olímpica local. O problema é que, segundo os chineses, as regras sanitárias não estão sendo aplicadas com o mesmo rigor.

Todas as instalaçõe­s que abrigam os participan­tes da Olimpíada são obrigadas a aplicar as restrições de Covid-19 para diminuir o risco de infecções do coronavíru­s. As medidas incluem a proibição de atletas visitarem áreas turísticas, bares e restaurant­es. Outra restrição é que os competidor­es cheguem no máximo cinco dias antes do evento e deixem o país até dois dias após o final de sua competição.

Atletas e membros de comissão técnica também devem limitar ao máximo o contato com outras pessoas, incluindo até seus compatriot­as de outros esportes que também disputarão a Olimpíada.

As críticas da delegação chinesa acendem o sinal de alerta para o COI (Comitê Olímpico Internacio­nal), que prometeu a realização de Jogos seguros. A maioria das competiçõe­s olímpicas será realizada com portões fechados.

Tóquio entrou em estado de emergência nesta segunda-feira (12) e adotará medidas restritiva­s durante todo o período da Olimpíada, que será disputada de 23 de julho a 8 de agosto. (Folha)

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